Entenda justificativa da coligação de Lula Cabral para impugnar a candidatura de Keko do Armazém no Cabo de Santo Agostinho. Pedido ainda será avaliado
por Cynara Maíra
Publicado em 20/08/2024, às 09h46
Situação semelhante ao pedido de impugnação do prefeito de Goiana, Eduardo Honório (União Brasil), ocorre com o prefeito do Cabo de Santo Agosto Agostinho, Keko do Armazém (PP).
O caso contra Clayton da Silva Marques, conhecido como Keko, está nas etapas iniciais e ainda não foi aceito pelo Ministério Público Eleitoral. O prefeito do Cabo é apoiado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), como também ocorre com o prefeito de Goiana.
A Frente Popular do Cabo (Republicanos, MDB, Pode, PMB, Agir, PSB, Solidariedade e DC), pediu a avaliação do Ministério Público Eleitoral para que a candidatura de Keko à reeleição seja impugnada. A coligação responsável pela solicitação apoia o ex-prefeito Lula Cabral (Solidariedade) na disputa pelo Cabo.
O argumento da coligação de Lula Cabral é de que Keko do Armazém não pode se candidatar, por infringir os critérios de elegibilidade.
O motivo seria que o atual prefeito do Cabo assumiu a cidade ainda em 20 de outubro de 2018, quando a Justiça Federal de Pernambuco pediu o afastamento de Lula Cabral, seu titular. Keko ficou na gestão até 19 de outubro de 2019, quando Lula retornou ao cargo e ficou até o fim de 2020.
A tese apresentada pela equipe jurídica da coligação Frente Popular do Cabo é de que esse período do prefeito do Cabo como líder interino do Executivo tornaria a nova candidatura como uma tentativa de concorrer a um terceiro mandato eletivo, que totalizaria nove anos de gestão.
O pedido ainda será avaliado pelo Ministério Público Eleitoral, apenas com a decisão do órgão que o caso poderá ser encaminhado para o TRE-PE ou não.
Em resposta sobre o assunto, a assessoria de Keko do Armazém que o pedido do grupo de Lula Cabral "lançou mão de teses jurídicas sem qualquer fundamento na lei ou na jurisprudência para tentar impedir o bom andamento da campanha".
A defesa do prefeito reforça que Keko só assumiu a prefeitura um ano antes das eleições 2020 e não foi empossado, ficando no cargo interinamente até o retorno de Lula Cabral, que segundo a assessoria do prefeito, continuou a receber salário da Prefeitura do Cabo nesse intervalo.
O político ainda planeja pedir a condenação do grupo que solicitou a impugnação por "ajuizarem uma ação absolutamente temerária e com absoluta falta de amparo legal" pelo que declara ser "má fé".
O site jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, que liderou o Blog de Jamildo no Jornal do Commercio (JC).
Leia também
@blogdojamildo