Com ordem de serviço em São José, João Campos aposta em entregas habitacionais no Recife

Cynara Maíra | Publicado em 26/08/2025, às 08h43 - Atualizado às 09h50

João Campos assinou ordem de serviço de novo habitacional na segunda - Edson Holanda/ Prefeitura do Recife
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A Prefeitura do Recife assinou, na segunda-feira (25), a ordem de serviço para o Conjunto Habitacional São José, no bairro de São José. Esse novo anúncio ocorre poucos dias após outros eventos de João Campos (PSB) vinculados com a área de habitação. 

Essa aceleração nas entregas na área, tem vínculo com os bastidores da política, que estimam que o socialista sairá do cargo de prefeito em abril para disputar o Governo de Pernambuco contra Raquel Lyra (PSD). 

Segundo informações da PCR, o novo empreendimento no centro do Recife, terá 249 apartamentos, divididos em sete blocos, com investimento de R$ 46,5 milhões pelo programa ProMorar.

As unidades vão atender famílias impactadas pela urbanização das comunidades Vila do Papel e Vila Brasil. O projeto inclui ainda a urbanização da Vila do Papel, orçada em R$ 9,7 milhões, e um complexo de lazer sob o viaduto Capitão Temudo, com entrega prevista para outubro.

Entregas recentes

O novo habitacional se soma às 128 unidades entregues na Comunidade do Pilar, em agosto, e aos empreendimentos em curso na Comunidade do Bem e em Caranguejo Tabaiares. Desde 2021, a atual gestão afirma ter garantido mais de 5 mil moradias entre entregues, em obras ou aprovadas junto ao governo federal.

Segundo o secretário de Habitação, Felipe Cury (PT), a expectativa é lançar novos conjuntos até o fim de 2025. “Estamos trabalhando para ampliar as entregas do ProMorar. A meta é chegar a mais de dez mil famílias beneficiadas entre obras em andamento, aprovadas e em licitação”, disse em entrevista ao PodJá. O episódio será lançado em breve. 

Impasse em Boa Viagem

Apesar do ritmo de entregas, há entraves. O governo do Estado, por meio da CPRH, embargou a construção dos habitacionais Vila Aeronáutica I e II, em Boa Viagem, sob alegação de falhas de licenciamento ambiental. A prefeitura foi multada em R$ 500 mil, mas manteve as obras.

Cury afirmou que o processo está regular. “O licenciamento contempla os cinco lotes do terreno. Houve interpretação equivocada do documento. Não há ilegalidade”, disse ao site.

A disputa da secretaria de João Campos com Daniel Coelho (PSD), secretário de Meio Ambiente de Raquel Lyra, pode indicar uma antecipação da corrida estadual de 2026.

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