Plantão Jamildo.com | Publicado em 23/12/2025, às 09h53
Nem um, nem outro. Após isolar Gilson Machado dentro do Partido Liberal e fechar a bancada como o único nome da legenda a disputar o mandato ao Senado, Anderson Ferreira já teria desistido da cadeira na Casa Alta. As movimentações acontecem em 2025, miram 2026 e já projetam as disputas de 2028, em Jaboatão dos Guararapes, reduto eleitoral dos Ferreira.
A estratégia, segundo uma fonte comentou sob reserva a este Blog, é que o ex-prefeito Anderson aproveite o recall da disputa ao Governo do Estado em 2022 e dispute uma cadeira na Câmara dos Deputados, enquanto o irmão André Ferreira, atual deputado federal, volte para um assento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), por onde exerceu mandato entre 2014 e 2018, pelo ainda PMDB (hoje MDB).
A avaliação interna é de que André Ferreira, eleito deputado estadual, poderia se credenciar como candidato a prefeito de Jaboatão em 2028, enfrentando o grupo do atual gestor, Mano Medeiros, que na segunda-feira (22), deixou o PL e migrou para o PSD da governadora Raquel Lyra.
Nos bastidores, a movimentação indica uma 'guerra fria' com o grupo Ferreira, que comandou Jaboatão por anos. Apesar de nenhum dos dois lados confirmar publicamente, comenta-se que a relação entre Mano e seu antecessor, Anderson Ferreira, já não é mais a mesma.
O distanciamento se aprofundou nos últimos meses com a pré-candidatura de Andrea Medeiros, esposa de Mano, a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, movimento que não contou com o aval do grupo Ferreira. "Mano ganhou luz própria. Os Ferreira perderam o controle e começou o conflito", disse a fonte sob reserva.
Com a filiação de Mano ao PSD, a leitura nos bastidores é que foi a gota d'água. O cenário se soma a outro fator observado por integrantes do campo conservador: o afastamento gradual do grupo Ferreira do bolsonarismo mais ativo.
Apesar de filiado ao PL, Anderson Ferreira não tem participado de mobilizações recentes ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como atos em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
A ausência em agendas do campo bolsonarista é interpretada como um sinal de reposicionamento político. "Anderson não vibrou nada, mesmo sendo presidente do PL Pernambuco com a candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência", destacou a fonte.
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