A todo vapor, Raquel Lyra já entra em ritmo de 2026 com foco em captar e manter alianças

Cynara Maíra | Publicado em 29/01/2025, às 11h48

Raquel pisa no acelerador já em ritmo de eleição para o governo - Foto: Yan Lucca / Jamildo.com
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No final de 2024, a governadora Raquel Lyra (PSDB) já tinham avisado ao público que iriam "apertar o acelerador" para 2025, com entregas e mobilizações no Governo de Pernambuco. Apesar da fala ter sido focada nas entregas da gestão, a governadora parece estar centrada em garantir sua reeleição para 2026

Tida no começo da gestão como uma pessoa com dificuldade de articulação política, Raquel pode ter seguido o conselho que o aliado e deputado estadual Antônio Moraes (PP): melhorar o lado político e a comunicação com a população. 

Raquel tenta captar novos aliados para base

A mobilização já era perceptível no começo de dezembro, quando a governadora desmembrou a área de Esportes da Secretaria de Educação e criou uma Secretaria-Executiva da Causa Animal.

Desde o início, a especulação era de que a ação tinha o objetivo de captar políticos do União Brasil, partido que virou para o lado de João Campos (PSB) após se sentir rechaçado no começo da gestão de Raquel. 

Segundo a colunista Terezinha Nunes, Raquel também teria visitado o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil). Atualmente aliado de João Campos, Miguel foi um dos primeiros a declarar apoio para governadora no segundo turno das eleições de 2022 contra Marília Arraes (Solidariedade). 

Possíveis tensões entre João Campos e os Romero

Apesar de ainda não ter confirmado nenhum dos comentários sobre alianças com o União Brasil, a mobilização parece ter estremecido do lado de João Campos.

O deputado estadual Romero Albuquerque (União Brasil), por exemplo, tem se aproximado da governadora Raquel Lyra, enquanto ocorrem rumores de que a vereadora e secretária-executiva da Causa Animal do Recife, Andreza Romero (PSB), sairá do cargo. 

Base do Governo se desmembra para ter mais espaço na Alepe

Além de todos os esforços para trazer novos nomes para base, Raquel parece criar uma estratégia de articulação para Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Fruto de algumas tensões que já foram parar no Supremo Tribunal Federal (STF), a Alepe é crucial para aprovar os projetos de Raquel.

Com todo debate sobre a concessão parcial da Compesa, a base do governo no Parlamento decidiu se dividir para assegurar mais espaço para as propostas de Raquel.

O grande grupo formado por PP, PRD, União Brasil, MDB, Solidariedade e PSDB se desmembrou para garantir mais espaços dentro das comissões da Assembleia.

O deputado federal e presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, defendeu a criação de blocos menores para "garantir mais representatividade do Governo nas comissões".

Espaços vagos dentro do Governo para abrigar aliados

Sem ainda um titular para Educação, a governadora tem uma pasta de alta relevância para negociar, caso precise inserir um novo aliado dentro do governo. 

Com foco em manter aliados ao seu lado, Raquel ainda nomeou 22 ex-prefeitos para cargos comissionados dentro da Secretaria da Casa Civil. 

Toda movimentação do governo ao longo dos últimos dois meses também indica o início do tom de eleição que deve aumentar com a aproximação de 2026. O cenário político aponta que a disputa pelo Governo de Pernambuco deve estar centrado entre Raquel Lyra e João Campos. 

O ministro da Pesca, André de Paula (PSD), já tinha alertado essa mudança no PodJá- O Podcast do Jamildo ao dizer que Raquel já está com "a casa arrumada" e vai ganhar 2026. 

Raquel Lyra Eleições 2026

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