Informação vinda da TLSA aponta que antiga Transnordestina negocia um acordo para devolver trechos inoperados das ferrovias e pagar dívidas com União
por Cynara Maíra
Publicado em 29/01/2025, às 07h10
A Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) negocia com o Governo Federal para devolver 3.001 quilômetros de ferrovias da Transnordestina que estão sem operação.
O processo envolve uma indenização de mais de R$ 1 bilhão que a empresa precisará pagar ao Governo Lula (PT). Esses recursos recebidos pela União devem retornar para investimentos da construção da Nova Transnordestina, com novo percurso e para modernizar as ferrovias em operação.
As informações foram confirmados pelo presidente da Transnordestina Logística S.A. (TLSA), Tufi Daher Filho, ao jornal O Povo na segunda-feira (27). O acordo, que ainda está em negociação, ainda precisará ser aceito pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Atualmente, a FTL administra 4.238 km de trilhos no Nordeste, mas apenas 29% desse total (1.237 km) estão em funcionamento.
A parte ativa inclui o trecho que conecta o Porto do Mucuripe, em Fortaleza (CE), ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA).
Já a malha ferroviária classificada como “não operacional” abrange estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, além de trechos que passam pelas capitais Natal, João Pessoa, Recife e Maceió.
Apesar de terem nomes semelhantes, a empresa responsável pelas partes da nova ferrovia Transnordestina é a Transnordestina Logística S.A. (TLSA), enquanto a FTL ficou encarregada de administrar e operar a malha ferroviária vinda da antiga Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). Ambas são subordinadas à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
A assinatura que ocorreu nesta semana da ordem de serviço para o início da construção de um novo lote do trecho cearense da Transnordestina, por exemplo, está em parceria com a TLSA.
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