Ministério do Trabalho e Emprego revela ações fiscais que resgataram milhares de trabalhadores e destaca setores e estados mais afetados
por Yan Lucca
Publicado em 28/01/2025, às 17h34 - Atualizado às 17h35
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou, na última semana, que 2.004 brasileiros foram resgatados de condições análogas à escravidão em 2024. As operações envolveram 1.035 ações fiscais realizadas por auditores do trabalho.
Ao todo, o combate ao trabalho escravo alcançou 5.741 trabalhadores, incluindo aqueles que, embora não estivessem em situação de escravidão contemporânea, tiveram seus direitos verificados e assegurados.
Os setores com maior número de resgates foram:
Em áreas urbanas, que representaram 30% do total de resgates, houve um aumento expressivo nos casos. Entre os estados, Minas Gerais liderou com 500 trabalhadores resgatados, seguido por São Paulo (467) e Bahia (198).
No trabalho doméstico, 19 pessoas foram retiradas de situações análogas à escravidão em 22 operações específicas.
Nos últimos 30 anos, mais de 65,6 mil pessoas foram resgatadas no Brasil em 8,4 mil ações fiscais. Esse histórico coloca o país como referência internacional no combate ao trabalho escravo.
"Quando vamos ao campo de resgate das vítimas, apoiamos em conjunto com outras instituições, como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF)", afirmou André Esposito, coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravizador e Tráfico de Pessoas do MTE.
Os trabalhadores resgatados têm direito ao Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, que consiste no pagamento de três parcelas no valor de um salário mínimo. Essa política é reconhecida pela ONU e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como modelo de boa prática para a erradicação do trabalho escravo.
O combate ao trabalho escravo no Brasil reforça o compromisso do governo e da sociedade na luta por condições dignas de trabalho e pelo respeito aos direitos humanos.
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