Isenção do IR até R$ 5 mil repercute na Alepe após aprovação pela Câmara

Plantão Jamildo.com | Publicado em 03/10/2025, às 10h59

João Paulo, Rosa Amorim e Dani Portela - Reprodução/Roberta Guimarães/ALEPE
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A aprovação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais e reduz a alíquota para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 gerou repercussões na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O texto, de iniciativa do Governo Federal, foi aprovado na Câmara dos Deputados por unanimidade entre os 493 presentes na quarta-feira (1º) e agora será apreciado pelo Senado.

Durante a reunião plenária da quinta-feira (2), a deputada Dani Portela (PSOL) afirmou que a medida representa um avanço na política tributária do país. “A aprovação do projeto mostra como o Estado brasileiro pode promover justiça mediante suas ações. Estamos vivenciando um momento histórico que vai mudar a vida das pessoas”, disse.

A parlamentar também criticou o Congresso Nacional por pautar propostas como a PEC das Prerrogativas, popularmente chamada “PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023. “Tentaram vender o ‘pacote casado’ mas não conseguiram, porque o povo foi às ruas. A pressão popular cobrou que as medidas e leis que realmente beneficiem o brasileiro sejam aprovadas”, afirmou.

Rosa Amorim (PT) ressaltou que a mudança só foi possível com a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu que a isenção de IR terá reflexos diretos na vida das famílias. “Essa conquista vai representar mais comida na mesa das brasileiras e brasileiros, mais saúde e mais educação”, declarou.

A petista também destacou o impacto das manifestações de 21 de setembro, apontando que elas tiveram papel relevante tanto para a aprovação da proposta quanto para barrar a PEC da Blindagem e a anistia. “Vamos continuar com muita coragem, enfrentando as desigualdades e as injustiças, trabalhando pela construção de um Brasil democrático e popular, porque quando o povo se levanta não há privilégio que resista”, disse.

O deputado João Paulo (PT) avaliou que a votação representa uma vitória importante para a classe trabalhadora e um passo em direção à correção das distorções do sistema tributário. “Comemoramos uma vitória que não é apenas legislativa e econômica, mas também social. O Brasil está avançando para corrigir uma das maiores injustiças do país: a regressividade fiscal”, afirmou.

O ex-prefeito do Recife lembrou que hoje quem ganha menos paga proporcionalmente mais impostos do que as pessoas de maior renda e que quase metade da arrecadação nacional vem de tributos sobre bens e serviços, que incidem da mesma forma sobre ricos e pobres. Segundo o parlamentar, a medida poderá beneficiar mais de 30 milhões de brasileiros.

Na mesma linha, João Paulo Costa (PCdoB) elogiou a decisão da Câmara. Para ele, “a iniciativa é mais uma prova do compromisso do Governo Federal com o povo brasileiro e significará mais justiça social no país”.

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