Escala 6x1: Fiepe se posiciona contra imposição legal da redução na jornada de trabalho e defende negociação coletiva

Cynara Maíra | Publicado em 18/11/2024, às 10h01

Fiepe se opõe à redução da jornada de trabalho por meio legal e sugere negociação coletiva como alternativa - Fiepe
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Ganha cada vez mais força a mobilização da população brasileira pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a diminuição da jornada de trabalho de celetistas (pessoas contratadas pelo CLT), retirando a possibilidade da escala 6x1 (trabalha seis dias, folga um).

A partir da notoriedade recente do tema, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) enviou ao site Jamildo.com um posicionamento contra a imposição legal de mudanças na jornada semanal de trabalho

Fiepe defende negociações sobre redução nas horas de trabalho

Em nota, a federação sugeriu que a discussão de reduções no tempo de trabalho devem ocorrer em negociações coletivas entre as empresas e os funcionários.

O objetivo seria evitar que uma imposição prejudique a competitividade brasileira e não considere as distinções econômicas de áreas e regiões diferentes. 

"A negociação coletiva é o mecanismo ideal para ajustar uma jornada de trabalho de acordo com as especificidades de cada setor e a realidade econômica de cada região", aponta a Fiepe. 

De acordo com o grupo, já há um movimento de redução da média semanal de trabalho dos brasileiros, passando de 40,5 horas em 2012 para 39,2 horas no segundo trimestre de 2024. Os dados indicados pelos empresários é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). 

A Fiepe ainda cita que a diminuição no tempo de trabalho não ajudaria no aumento de empregos. A Federação relata que apenas o crescimento econômico tem a capacidade de ampliar a geração de postos de trabalho. 

Por um outro lado, os trabalhadores que defendem a mudança na lei acreditam que o sistema de negociação coletiva pode ser desigual e desfavorável para os empregados, principalmente no caso de empregadores com maior poder de barganha. 

O movimento que ganhou força a partir deste ano nas redes sociais defende que o fim da escala 6x1 melhoraria a qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores, o que diminuiria os custos e consequências geradas pelo estresse ou exaustão física e mental. 

Os manifestantes da causa também citam como exemplo experimentos internacionais no qual uma redução da jornada de trabalho teria aumentado a produtividade e inovação nas empresas. 

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