BNDES prevê R$ 14,8 bilhões para recuperar metrô do Recife, mas não diz de onde virão os recursos

O governo Lula (PT) informou ao site Jamildo.com que concluiu a definição de projetos para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade na região metropolitana do Recife.

Na capital pernambucana, o estudo prevê requalificação do metrô (38km), além de projetos para implantação de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e de BRT (Bus Rapid Transit) (118km). O metrô, inclusive, passou por incêndio de vagões neste fim de mês. Com a situação, os metroviários ameaçam uma nova greve. 

O investimento estimado para os projetos é de até R$ 14,8 bilhões.

A previsão de investimentos consta do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades.

"A definição pela tecnologia VLT ou BRT será feita em etapas seguintes, com base nos estudos detalhados para modelagem dos projetos", informam.

No Recife, a implementação dos projetos resultará na redução estimada de cerca de 240 mortes em acidentes de trânsito até 2054.

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Segundo o estudo, outro benefício é a redução do custo operacional por viagem, decorrente da maior utilização dos sistemas de média e alta capacidade, mais eficientes. No caso do Recife, a redução é de 9%.

Segundo o banco, na capital pernambucana, com a implantação dos projetos previstos haverá também a redução no tempo médio de deslocamentos na cidade, com um impacto estimado em R$ 7,4 bilhões.

"O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras, com um transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Em todo país, o ENMU concluiu a definição de 187 projetos para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do país.

A sinalização do estudo é pela privatização. "A aceleração desses investimentos dependerá do modelo de financiamento adotado, sendo os investidores privados via concessões e parcerias uma ferramenta relevante".

O estudo abrange e cita as seguintes RMs: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.