Cynara Maíra | Publicado em 18/12/2025, às 07h44 - Atualizado às 08h12
O leilão de concessão parcial dos serviços da Compesa ocorre nesta quinta-feira (18), na sede da B3, em São Paulo. Com a presença da governadora Raquel Lyra (PSD), o certame prevê atrair R$ 19,1 bilhões em investimentos para o saneamento em Pernambuco. A transmissão começa às 14h.
Acompanhe a transmissão oficial abaixo:
Quatro grupos apresentaram propostas e disputam os dois blocos ofertados: Aegea, Pátria, o consórcio BRK/Acciona e o grupo Cymi/Vinci Partners. Representantes do grupo Equatorial compareceram ao local de entrega dos envelopes na semana passada, mas optaram por não protocolar oferta.
A disputa divide o estado em dois lotes. O maior abrange a Região Metropolitana do Recife (RMR) e o Agreste, com 150 municípios. O segundo contempla 25 cidades do Sertão. A vencedora assumirá a distribuição de água e a coleta de esgoto por 35 anos. Apesar do leilão, a Compesa continua estatal, mas com foco na produção de água (barragens e tratamento).
Vence a empresa que oferecer o maior desconto na tarifa (limitado a 5%) ou o maior valor de outorga ao Estado em caso de empate. O governo fixou o lance mínimo em R$ 2,2 bilhões para o bloco RMR/Pajeú e R$ 87 milhões para o Sertão.
O secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, afirmou ao Jamildo.com que a nova fase não resultará em demissões. "A empresa vai precisar de mais empregados ainda... Vamos ter que combater perdas e ampliar o tratamento de água", disse o auxiliar.
Segundo Vilaça, a gestão pedirá a antecipação dos investimentos logo após o leilão para iniciar obras em 2026. A prioridade será a conclusão do sistema adutor da Barragem de Serro Azul, na Mata Sul, essencial para a segurança hídrica da região.
O leilão ocorre em meio a tentativas de impugnação. O Sindicato dos Urbanitários (Sindurb/PE) acionou o Tribunal de Contas (TCE-PE) e o Judiciário para suspender o processo, alegando riscos de aumento tarifário.
Em entrevista ao PodJá, o secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, garantiu que a modelagem financeira protege o consumidor e mantém a política tarifária atual.
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