OAB e Federação Pernambucana discutem violência no futebol na semana de novo jogo entre Sport e Santa Cruz

Nesta terça-feira (11), a seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) terá uma audiência pública com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para discutir a violência no futebol do estado.

O evento, que começará às 15h na sede da OAB-PE, ocorre entre dois jogos do Sport contra o Santa Cruz. No último sábado (08), os adversários jogaram na Ilha do Retiro e neste final de semana ocorrerá uma nova partida no Arruda. 

Também foi próximo de um jogo entre Sport e Santa Cruz que uma série de atos violentos ocorreram ao redor do Recife. O caso gerou um cenário de guerra próximo do estádio e diversas pessoas ficaram feridas. 

Ainda por conta dos acontecidos na primeira semana de fevereiro, os jogos estão ocorrendo em sistema de torcida única. No último sábado, apenas torcedores do Sport puderam comparecer, enquanto no Arruda só será permitido a entrada daqueles que torcem pelo Santa Cruz.

A regra continuará em todas as partidas do Campeonato Pernambucano. Torcidas organizadas também estão proibidas de entrar no estádio. 

O objetivo da audiência é discutir soluções para conter a violência nos estádios e no entorno das partidas. Para a presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, o encontro é um espaço para pensar estratégias que garantam a segurança dos torcedores.

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“Ficamos felizes em abrir a Casa da Cidadania para discutir essa problemática que atinge um esporte tão popular como o futebol. Precisamos de ações conjuntas e eficazes para combater a violência”, afirmou Ingrid.

MPPE já exigiu afastamento de times e torcidas organizadas

Antes da audiência, próxima aos episódios de violência, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) fez com que Sport, Santa Cruz e Náutico firmassem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

O acordo exige que os times assumam o compromisso de cortar qualquer vínculo com as torcidas organizadas Torcida Jovem do Leão, Explosão Coral e Náutico Até Morrer.

Entre as medidas acordadas no TAC, os clubes também se comprometeram a:

• Não conceder patrocínio ou repasse financeiro para as torcidas organizadas citadas, incluindo transporte ou alimentação;
• Proibir a exibição de faixas, bandeiras e qualquer material que identifique essas torcidas nos estádios;
• Impedir a reserva de setores exclusivos para os membros das organizadas e barrar seu acesso às dependências dos clubes;
• Excluir do quadro de sócios qualquer integrante dessas torcidas e impedir que ocupem cargos diretivos ou prestem serviços para os clubes;
• Implementar até junho de 2025 a venda exclusiva de ingressos por meio eletrônico e a instalação de catracas com identificação facial nos estádios.