Formatura ocorre logo após saída de Chefe da Polícia Civil do governo Raquel Lyra. Governadora fala que segurança tem "dinheiro garantido" na gestão
por Cynara Maíra
Publicado em 11/11/2025, às 07h46 - Atualizado às 08h16
O Governo de Pernambuco formou 423 novos policiais civis (51 delegados, 231 agentes e 141 escrivães) nesta segunda-feira (10).
Durante a formatura, o Sinpol protestou com uma faixa: "Bem-vindos ao pior salário da Polícia Civil do Brasil".
O sindicato alega 14 mil homicídios sem solução e ameaça greve em janeiro de 2026 se não houver diálogo sobre o salário de R$ 4 mil.
Raquel Lyra defendeu os investimentos (R$ 1 bilhão) e celebrou a queda recorde da criminalidade em outubro, descartando uma greve.
A cerimônia também marcou a troca de comando da PCPE: Felipe Monteiro assumiu o lugar de Renato Rocha, que pediu exoneração na sexta (7).
Na segunda-feira (10), a governadora Raquel Lyra (PSD) participou da formatura de 423 novos policiais civis (51 delegados, 231 agentes e 141 escrivães) e a passagem de comando simbólica para o novo chefe da Polícia Civil, Felipe Monteiro no Teatro Guararapes, em Olinda. Monteiro substituiu Renato Rocha, que pediu exoneração e se despediu da corporação durante o evento.
Enquanto a gestão de Raquel Lyra celebrava uma redução histórica da criminalidade no estado, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) recepcionou os novatos na entrada com uma faixa: “Bem-vindos ao pior salário da Polícia Civil do Brasil”.
Em seu discurso, Raquel Lyra afirmou que a gestão tem “dinheiro garantido” para a segurança pública e falou sobre o Juntos pela Segurança, que prevê o ingresso de mais de 7 mil novos profissionais nas forças de segurança até 2026, com um investimento superior a R$ 1 bilhão.
A governadora celebrou os indicadores recentes, afirmando que outubro foi "o melhor mês da nossa história na redução de crime contra a vida e de crime contra o patrimônio".
Presente na solenidade, o deputado Antônio Moraes (PP) elogiou a gestão e alfinetou a oposição. “É claro que eles continuam criticando, falando em índices de criminalidade que não existem, quando, na verdade, deveriam ajudar mais o Estado”, disparou.
Enquanto o governo celebrava, o Sinpol fez um protesto na entrada do evento. O presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, criticou o salário-base de R$ 4 mil e a falta de gratificações.
Cisneiros afirmou que há mais de 9 mil inquéritos parados e 14 mil homicídios sem solução. O sindicato também reclamou das condições precárias das delegacias e da falta de equipamentos.
O Sinpol avisou que, se não houver diálogo, a categoria fará greve em janeiro de 2026. Segundo o Blog Dantas Barreto, Raquel teria afirmado que 97% dos servidores já fecharam acordos de reajuste salarial e que não acreditava na possibilidade de paralisações.