Sindicato dos trabalhadores reafirma e amplia críticas aos controladores da Transnordestina

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DO NORDESTE conseguiu que o MPF abrisse inquérito contra os controladores da Transnordestina

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 16/10/2024, às 15h50

Sindicato dos trabalhadores diz que a TLSA, que iniciou a Transnordestina, no trecho Salgueiro/Suape, parou a obra ao tentar passar por cima de uma Igreja, em Custódia, mesmo tombada, pelo que o IPHAN embargou a obra. A CSN poderia mudar a rota e não fez - Foto: Ricardo Fernandes / DP
Sindicato dos trabalhadores diz que a TLSA, que iniciou a Transnordestina, no trecho Salgueiro/Suape, parou a obra ao tentar passar por cima de uma Igreja, em Custódia, mesmo tombada, pelo que o IPHAN embargou a obra. A CSN poderia mudar a rota e não fez - Foto: Ricardo Fernandes / DP

Veja a nota oficial da entidade sindical. E veja abaixo a resposta da empresa.

A TLSA/CSN/FTL nem Igreja respeita, quanto mais tomar conta de malhas ferroviárias. Tem uma Igreja no meio do caminho.

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O SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DO NORDESTE SINDFER-NE, vem, por seu diretor e também pelo advogado que acompanha o caso, em razão da recente abertura de inquérito civil pelo Ministério Público Federal, esclarecer o seguinte:

  • 2. A malha ferroviária da antiga RFFSA e da parte feita da Transnordestina estão abandonadas, embora concessões diferentes, as concessionárias são do mesmo grupo econômico, liderado por Steinbruch, basta ver o site da CSN.

  • 3. O inquérito civil trata da malha oriunda da RFFSA. Contudo, quem trata mal a malha ferroviária da antiga RFFSA, empresa FTL, também trata mal a malha feita pela TLSA, que iniciou a Transnordestina, trecho Salgueiro/Suape e que parou em uma Igreja, em Custódia, que queria passar por cima, sendo tombada, pelo o que IPHAN embargou a obra. Na realidade, a CSN poderia mudar a rota e não fez para ter um argumento jurídico para justificar a paralização e o descumprimento do contrato de concessão, mas isso não convence ninguém.

  • 4. Consta no inquérito civil relatório técnico da Gerência de Fiscalização da Agencia Nacional de Transporte Terrestre apontando diversas irregularidades, embora centrados na concessão da FTL, antiga malha ferroviária da RFFSA.

  • 5. O grupo econômico das concessionárias nem Igreja respeita, pois fez um traçado passando em cima da Igreja de São Luiz Gonzaga, em Custódia – PE, tombada pelo IPHAN, que embargou a obra, que está desde 2009 paralisada, que é onde ficou o trecho da Transnordestina. Poderiam fazer uma simples relocação, mas insistem em passar em cima da igreja, o que demonstra simbolicamente como é o comportamento de tal grupo econômico.

  • 6. O SINDFER-NE estará também apresentando representação complementar sobre a situação de abandono da malha deixada pela concessão da TLSA, responsável pela Transnordestina, que parou na Igreja, para estender o inquérito, ou a criação de um novo, mais especificamente sobre a TLSA e a conservação da malha existente, que deverá ser entregue a um novo concessionário, no trecho Suape/Salgueiro, nessa nova etapa que se inaugurou.

  • 7. É de se destacar a truculência costumeira e a forma que trata o assunto o grupo CSN, nessa parte, liderado pelo conhecido Diretor Presidente da TLSA/CSN, Tufi Daher Filho, que é a mão de ferro do conhecido empresário Benjamin Steinbruch.

  • 8. O SINDFER-NE serenamente e confiante nas instituições públicas, especialmente no Ministério Público Federal, espera que os fatos sejam esclarecidos e apurados, especialmente o abandono da malha ferroviária, seja pela FTL, seja pela TLSA.

  • 9. Lutaremos para que a Igreja não seja destruída e a Transnordestina seja erguida, no trecho Salgueiro/Suape.

  • 10. Continuará na luta pela efetivação do trecho Suape/Salgueiro, já objeto de ação popular em curso, mas que também será objeto de representação no TCU para rever o acórdão que homologou o aditivo, que retirou Pernambuco da Transnordestina original, total ou parcialmente e acórdãos posteriores com deliberações, trazendo grandes danos a Pernambuco e outros Estados do Nordeste, inclusive solicitando a caducidade das concessões, que foram renovadas ao arrepio da lei.

Recife, 16 de outubro de 2024.

SINDFER-NE
LUIS CLAUDIO GOMES BARBOSA

ANTÔNIO RICARDO ACCIOLY CAMPOS
OAB/PE 12.310

O site Jamildo.com revelou com exclusividade a abertura do inquérito, por parte do MPF.

@blogdojamildo