Atrasos salariais no Hospital Maria Vitória levam médicos a suspender atividades

Os médicos do Hospital Maria Vitória, que atende Recife e São Lourenço da Mata, decidiram suspender as atividades a partir de 08 de dezembro. O hospital é uma instituição filantrópica que também presta assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS) ao participar de parcerias com a Prefeitura do Recife através do programa "Recife Cuida". 

A medida foi aprovada em 04 de dezembro, durante uma Assembleia Geral do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), devido ao atraso de quatro meses nos pagamentos. Além do atraso do pagamento, os médicos apontam uma crise na unidade e dificuldade de prestar assistência para população. 

O encontro ocorreu de forma híbrida, com participantes na sede do sindicato e pela plataforma Zoom.

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Medidas tomadas pelos médicos

Na AGE, além de decidir pela paralisação, os médicos deliberaram por medidas adicionais, como:

• Envio de ofício ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) para fiscalização da unidade;
• Denúncia à Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria Estadual de Saúde sobre os atrasos e os efeitos na assistência.

A vice-presidente do Simepe, Dra. Carol Tabosa, e outros diretores, incluindo Rodrigo Rosas, Marcílio Oliveira e José Tenório, participaram da reunião, ao lado do advogado da Defensoria Médica, Dr. Vinícius Calado.

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Próximos passos e compromissos do sindicato

O Simepe convocou uma nova Assembleia Geral para o dia 19 de dezembro, às 18h, em formato on-line, para avaliar os desdobramentos e definir os próximos passos.

Em nota, o sindicato reafirmou o compromisso com a defesa das condições de trabalho dos médicos e destacou a importância de garantir assistência médica de qualidade, mesmo diante de adversidades.

No final de novembro, o Simepe já tinha participado de uma reunião com a SES para tratar da crise com a falta de cirurgiões pediátricos no Hospital da Restauração.

Além dessa mobilização, o Simepe conseguiu nessa segunda metade de 2024 a ampliação de equipes médicas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Recife e realizou diversas Assembleias Gerais Extraordinárias com obstetras do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueiras (IMIP) para discutir demandas e soluções para os problemas da categoria.