Vereadora de Ouricuri afirma que sofre perseguição política após projeto de sua autoria ter sido vetado por prefeito
por Cynara Maíra
Publicado em 19/08/2025, às 12h39 - Atualizado às 13h18
A vereadora Williane Alencar (PT) acusou a Prefeitura de Ouricuri e a base governista na Câmara Municipal de supostamente atuarem com “rolo compressor” contra projetos de sua autoria.
O episódio mais recente teria ocorrido com o Projeto de Lei nº 007/2025, que incluía a fibromialgia no rol das deficiências físicas reconhecidas no município.
A proposta chegou a ser aprovada em junho, mas foi vetada pelo prefeito Ricardo Ramos (Republicanos). Na reanálise, sete vereadores mudaram de posição e mantiveram o veto.
Segundo a parlamentar, a mudança de votos ocorreu após pressão do Executivo. “Enquanto isso, em Ouricuri, o projeto foi aprovado em todas as comissões por unanimidade. Porém, por perseguição política, o prefeito vetou o PL e os vereadores que até então votaram a favor desfizeram o seu voto. Isso é uma forma de tentar me silenciar e desestimular a continuar apresentando proposições de acordo com a demanda da população", disse Williane.
Entre os vereadores que alteraram a posição estão Cezar de Preto (PT), Lenarte Carneiro (Republicanos), Negão da Barra (Republicanos), Alex Bar (MDB), Naldo do Vídeo (Republicanos), Hicaro Frazão (Rede) e Galego do Coco (Republicanos).
Mantiveram o voto ao lado da autora do projeto Adelúcia Cléa (PSDB), Delvania Sobral (PSDB), Iran Severo (PSDB) e Pedro Augusto (MDB).
A vereadora afirmou que a decisão contraria pareceres jurídicos da própria Casa, que atestaram a constitucionalidade da matéria. “Se os votos dos vereadores não valem e precisam mudar a mando do gestor, os pareceres jurídicos apresentados não servem. É melhor fechar a Câmara e deixar voltar o coronelismo”, criticou.
Na esfera federal, foi sancionada em julho a Lei 15.176/2025, de autoria do ex-deputado Dr. Leonardo (Republicanos-MT), que reconhece a fibromialgia como deficiência em todo o país.
Williane disse sofrer perseguição política e classificou o episódio como violência contra o seu mandato. “Minha postura independente, sempre à favor do povo de Ouricuri, pode incomodar, mas não abrirei mão das minhas convicções e seguirei trabalhando por melhorias e avanços”, afirmou.
O Jamildo.com procurou a Prefeitura de Ouricuri e a Câmara Municipal pelos canais de informação disponíveis em seus respectivos sites. Caso haja retorno, esta matéria será atualizada.