Gilson Filho afirma que as únicas vítimas são os quatro policiais abatidos no combate; o confronto resultou em 121 mortes
por Clara Nilo
Publicado em 04/11/2025, às 18h13 - Atualizado às 18h34
Durante a Reunião Plenária da Câmara Municipal do Recife, realizada na segunda-feira (3), o vereador Gilson Machado Filho (PL) solicitou um minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos durante a operação contra o crime organizado no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes.
A homenagem foi acatada pela Mesa Diretora, e o plenário prestou o tributo em memória dos agentes Eber Carvalho, Marcos Vinicius, Cleiton Serafim e Rodrigo Veloso, que morreram em serviço.
Integrantes da Casa propuseram que o momento de silêncio também incluísse os demais mortos na operação, ao que Gilson contestou e afirmou que "100% foram bandidos"- o que já foi provado ser inverídico oficialmente.
Na última quinta-feira (30), o também vereador do PL, Thiago Medina, publicou em sua rede social um diálogo em forma de "piada" logo após o episódio envolvendo o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Confira:

A operação policial contra o grupo criminoso Comando Vermelho foi a mais fatal da história do Rio de Janeiro. Até o momento, 117 moradores das comunidades foram declarados mortos, além de quatro policiais que participaram da ação - outros oito foram feridos.
O evento, que ocorreu sob comando do goverador Cláudio Castro (PL), tem sido alvo de críticas nacionais e internacionais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação independente, destacando a necessidade de “garantir responsabilização pelos fatos, interromper violações de direitos humanos e assegurar proteção a testemunhas, familiares das vítimas e defensores de direitos humanos”.
“O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, afirmou Lula.
O presidente também defendeu uma investigação independente para apurar as circunstâncias da operação. “É importante ver em que condições se deu. A ordem do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança, e houve uma matança”, declarou.