Guerra entre Rueda e Bivar pode pressionar queda do superintendente dos Correios em Pernambuco, indicado por Bivar
por Jamildo Melo
Publicado em 18/09/2025, às 17h00 - Atualizado às 17h15
O União Brasil divulgou nesta quinta-feira (18) uma nota oficial em que reforça a determinação de afastamento de todos os filiados que ocupam cargos de livre nomeação no Governo Lula.
A medida prevê prazo de 24 horas para entrega das funções, sob pena de caracterização de infidelidade partidária.
Com a exigência, entre os que devem deixar os cargos está o atual superintendente estadual dos Correios em Pernambuco, José Ricardo, indicado politicamente pelo deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE).
Na nota, o partido manifesta ainda solidariedade ao presidente Antonio Rueda.
Segundo a sigla, ele vem sendo alvo de notícias “infundadas, prematuras e superficiais” com a intenção de desgastar sua imagem.
A legenda afirma estranhar o fato de as denúncias terem surgido justamente após a decisão de afastar filiados de funções no governo Lula.
“Tal coincidência reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”, diz o comunicado.
O texto destaca ainda que a resolução aprovada por unanimidade na Executiva Nacional exige o desligamento imediato de filiados em cargos federais, tanto na administração direta quanto indireta.
Nos bastidores políticos, a eventual saída de José Ricardo ganha contornos ainda mais tensos.
Segundo fontes do partido, integrantes da ala do PT em Pernambuco alegam que, no período recente, teriam sido retirados de suas funções em cargos diversos dentro da estrutura dos Correios por determinação do superintendente.
Segundo essa versão, o movimento teria como objetivo eliminar possíveis opositores internos que pudessem pleitear a sua posição.
Além disso, alegam ainda que nos últimos dias o funcionário vem tentando aproximação com parlamentares do próprio PT, visando viabilizar a sua permanência.
A crítica reforça o clima de disputa política local e amplia a pressão em torno da decisão do União Brasil, que classifica a resolução como um movimento legítimo, democrático e debatido amplamente nas instâncias partidárias.
"... o partido seguirá atuando em sintonia com os anseios da sociedade brasileira e não se intimidará diante de tentativas de ataque a seus dirigentes".