Presidente nacional do PSB, João Campos firma posição contrária à PEC da Blindagem após votos favoráveis da bancada

Prefeito do Recife e presidente nacional do PSB esclareceu que não votou nem orientou a bancada do partido sobre a PEC da Blindagem

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 21/09/2025, às 12h54

Imagem Presidente nacional do PSB, João Campos firma posição contrária à PEC da Blindagem após votos favoráveis da bancada

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se manifestou publicamente neste domingo (21) sobre a PEC da Blindagem, aprovada na última quarta-feira pela Câmara dos Deputados. A proposta condiciona a investigação criminal de parlamentares à autorização prévia das Casas Legislativas e amplia proteções legais, dificultando a abertura de processos criminais contra deputados e senadores.

A posição do prefeito ocorre após repercussão negativa em torno dos votos favoráveis da bancada do PSB, liderada pelo seu irmão, o deputado federal Pedro Campos, que se arrependeu do voto e anunciou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a votação.

Em vídeo publicado nas redes sociais, João Campos afirmou. “Não orientei a bancada do PSB na Câmara, que naquele momento optou pela liberação por entender que seria necessário para derrotar a anistia. Também me posicionei contra qualquer ideia de proteger presidentes de sigla, condição que exerço hoje. O PSB já votou contra este absurdo no Congresso.”

Ele reforçou a posição em relação ao Senado, onde o texto está tramitando e o PSB conta com quatro parlamentares. “Sou totalmente contrário à PEC da Blindagem. Já me reuni com o líder do PSB no Senado, e lá seremos 100% não à blindagem. A minha posição é muito direta: sem blindagem e sem anistia a quem cometeu crimes contra a democracia.”

Voto de Pedro Campos e reação do PSB

Pedro Campos foi um dos 19 deputados pernambucanos que votaram favoravelmente à PEC da Blindagem, decisão que também contou com 12 dos 14 deputados federais do PSB. Após críticas nas redes sociais, o parlamentar justificou seu voto.

"Eu, junto com a maioria, votamos a favor numa tentativa de manter abertas pontes para que fosse derrubada a anistia e que a pauta do governo e a pauta do povo brasileiro avançassem aqui nessa Casa", disse Pedro Campos.

O deputado ressaltou que recebeu críticas legítimas e afirmou que seu compromisso é com o povo brasileiro. Ele anunciou ainda que vai ao STF para contestar a votação da PEC.