Gestão de Ramos alegou no início do mandato que a administração anterior deixou diversas dívidas e problemas a serem ajustados com servidores e empresas
por Cynara Maíra
Publicado em 27/05/2025, às 07h14
A Prefeitura do Paulista anunciou, na segunda-feira (26), a concessão de um reajuste salarial de 6% aos servidores públicos municipais.
O aumento foi definido em acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais do Paulista (Sinsempa) e passa a valer já na folha de pagamento do mês de maio. Além do reajuste, o município também confirmou o acréscimo de 10% no valor do ticket refeição e no auxílio protetor solar para os agentes de saúde.
Após um início turbulento com atrasos salariais e cobranças por parte dos servidores, a gestão do prefeito Severino Ramos (PSD) parece conseguir estabilizar as relações com os servidores do município.
No encontro de formalização do acordo estiveram presentes o secretário de Finanças, Alexandre Araújo, a presidente do Sinsempa, Jucineide Lira, e vereadores da base aliada.
Durante o ato, representantes do sindicato elogiaram a atuação da nova gestão. “O prefeito teve o respeito de receber o sindicato e ouvir nossas reivindicações. Queremos manter esse canal aberto para seguir avançando na valorização dos servidores ao longo do ano”, afirmou Jucineide Lira.
O secretário Alexandre Araújo afirmou que o esforço da administração será de recompor perdas e valorizar o funcionalismo. “Nosso objetivo é que o trabalho de cada um seja reconhecido. Fizemos um esforço para conseguir dar esse percentual, que hoje é até maior do que a inflação. Tenho certeza que, nos próximos anos, poderemos trazer ainda mais benefícios para a categoria”, disse.
Segundo dados da administração, o impacto orçamentário do reajuste e dos demais benefícios está dentro do previsto nas metas fiscais para 2025. A expectativa é de que a medida também ajude a movimentar a economia local, já que boa parte dos servidores reside no município.
A medida ocorre quatro meses após a gestão Ramos enfrentar os primeiros impasses com a categoria. Em janeiro, a Prefeitura anunciou que havia herdado da administração anterior, comandada por Yves Ribeiro, dívidas com servidores e fornecedores. Os salários de dezembro estavam atrasados e só foram pagos após negociação com o sindicato e liberação de recursos do Fundeb.
Em paralelo, a categoria ajuizou uma ação solicitando a suspensão de nomeações em cargos comissionados até que os pagamentos fossem normalizados. O governo conseguiu quitar as folhas de dezembro e janeiro ainda dentro dos dois primeiros meses do ano.
Em entrevistas anteriores, o secretário Alexandre Araújo relatou que a prioridade da gestão era “colocar a casa em ordem” e regularizar a folha do funcionalismo. O prefeito Ramos, por sua vez, justificou os atrasos como resultado de desequilíbrios deixados pelo antecessor, apesar de ter recebido apoio do próprio Yves Ribeiro na campanha eleitoral de 2024.