Pesquisas eleitorais agora vão ser divulgadas mensalmente

A Genial Investimentos e o Instituto Quaest anunciaram a ampliação da parceria estratégica para o ciclo eleitoral de 2025/2026, com destaque para a publicação mensal de pesquisas sobre avaliação do governo e cenários da corrida presidencial de 2026.

Anteriormente divulgadas de forma bimestral, as pesquisas Genial/Quaest passarão a ser mensais, aumentando a frequência e a capacidade de capturar tendências do eleitorado brasileiro com ainda mais precisão.

Segundo as empresas, até a eleição, estão previstas cerca de 150 mil entrevistas em todo o país.

Curioso que as mesmas pesquisas de opinião mostram que a sucessão presidencial ainda não é uma pauta prioritária dos eleitores.

Felipe Nunes, fundador e CEO da Quaest, destacou a importância da nova etapa:

“A redução do intervalo entre os levantamentos permitirá acompanhar o humor do eleitorado com mais agilidade, mantendo o rigor técnico e a transparência que sempre nortearam nosso trabalho.”

Rodrigo Hiltz, sócio-diretor da área de renda variável da Genial Investimentos, reforçou o propósito da iniciativa:

“A Genial Pesquisas foi criada para entender o que pensa o brasileiro sobre os grandes temas nacionais, ajudando investidores e o público em geral a tomarem decisões com base em dados.”

Histórico de parceria e relevância eleitoral

A parceria entre Genial e Quaest teve início em 2021 e se destacou em 2022, quando a Genial foi a única instituição financeira a manter a divulgação de pesquisas eleitorais durante todo o ciclo.

O instituto cravou o empate técnico que marcou o segundo turno da eleição presidencial: Lula com 51% e Bolsonaro com 49%.

"A ampliação da divulgação mensal reforça o compromisso das duas instituições com a democratização da informação, a transparência eleitoral e o fortalecimento do debate público no Brasil".

Biografia do Abismo

O cientista político Felipe Nunes já entrou para a historia da política nacional com o livro Biografia do Abismo, que mergulha nas raízes e consequências da polarização política no Brasil.

Com base em quase 100 mil entrevistas realizadas entre 2021 e 2023, a obra analisa como o embate ideológico entre direita e esquerda passou a moldar não apenas o voto, mas também relações familiares, decisões de consumo e o convívio social.

Escrito em coautoria com o jornalista Thomas Traumann, o livro mostra como a política se infiltrou no cotidiano — do supermercado ao grupo de WhatsApp — e alerta para os riscos da chamada "calcificação política", quando opiniões se tornam imutáveis e o diálogo desaparece.

É leitura essencial para entender o Brasil pós-2018 e os desafios que a democracia enfrenta em tempos de radicalização.