Datafolha: Aprovação a Lula é a pior em todos os tempos

A aprovação do presidente Lula (PT) caiu de 35% para 24% em dois meses, atingindo um nível inédito em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação ao presidente também atingiu um recorde, subindo de 34% para 41%.

A pesquisa, realizada pelo Datafolha com 2.007 eleitores em 113 cidades nos dias 10 e 11 de fevereiro, aponta que 32% consideram o governo regular, ante 29% em dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A crise do Pix em janeiro, com a proposta de fiscalizar transações acima de R$ 5.000, gerou críticas da oposição e fake news sobre uma possível taxação. A medida foi revogada pelo ministro Fernando Haddad (PT), e Lula trocou a chefia da comunicação, promovendo Sidônio Palmeira para a vaga de Paulo Pimenta, do Rio Grande do Sul, que parecia mais interessado em cuidar dos projetos eleitorais no Estado.

A inflação de alimentos e declarações polêmicas de Lula também impactaram negativamente sua popularidade. Comparado a Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de mandato, Lula enfrenta uma aprovação mais baixa.

Grupos tradicionalmente favoráveis a Lula, como os que ganham até dois salários mínimos e os nordestinos, mostraram quedas significativas na aprovação. Entre eleitores de Lula no segundo turno de 2022, a aprovação caiu 20 pontos, chegando a 46%.

A pesquisa não incluiu especulações eleitorais, mas os números atuais preocupam o governo. Lula sugere cautela sobre sua candidatura em 2026, destacando a importância de desmascarar fake news, como se fosse possível opor-se ao volume de propagação dos robôs das novas plataformas digitais.

A oposição, incluindo nomes como Tarcísio de Freitas e variantes do bolsonarismo das redes, está se movimentando enquanto Bolsonaro permanece inelegível até 2030. Nesta semana, informações na imprensa deram conta que o procurador Gonet teria concluído a avaliação do caso, para julgamento no STF.