Lula reafirma oposição à anistia de golpistas e ironiza tentativa de absolvição de crimes antes de condenação judicial
por Yan Lucca
Publicado em 05/02/2025, às 13h00
O presidente Lula da Silva (PT) reforçou, nesta quarta-feira (5), sua posição contra a anistia de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que, caso ele possa concorrer em 2026, “vai perder outra vez”.
Durante entrevista a rádios mineiras, Lula disse que aqueles que tentaram um golpe de Estado “não merecem absolvição”, fazendo referência às investigações que envolvem Bolsonaro e outros aliados.
“Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou inclusive a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral, não merece absolvição”, afirmou.
O petista ainda ironizou o projeto de anistia defendido por setores da oposição, classificando como “hilariante” a tentativa de perdoar crimes antes mesmo de uma condenação judicial. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda neste ano contra os investigados.
Apesar da alta rejeição de seu governo, Lula lidera todos os cenários eleitorais para 2026, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3), registradas pelo Blog do Jamildo. O levantamento aponta que, em simulações de primeiro e segundo turno, o petista supera os principais nomes da oposição.
A pesquisa não incluiu Jair Bolsonaro, que está inelegível, mas testou outros possíveis candidatos. O cenário de segundo turno mais apertado para Lula seria contra o cantor sertanejo Gusttavo Lima, onde a diferença ficaria em seis pontos percentuais: 41% a 35%.
Já a maior vantagem do petista ocorre contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), vencendo por 45% a 26%. Outros cenários simulados incluem:
No primeiro turno, Lula aparece com entre 28% e 33% das intenções de voto, dependendo dos concorrentes testados.
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Apesar da liderança, a pesquisa também mostra que Lula enfrenta uma alta rejeição: 49% dos eleitores afirmam que não votariam nele. O índice é menor que o de Bolsonaro, que registra 53% de rejeição.
Entre outras figuras políticas, Fernando Haddad (PT) lidera a rejeição, com 56%, seguido de perto por Eduardo Bolsonaro (55%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 26 de janeiro, com 4.500 entrevistas presenciais e margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos.
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