Líder do Governo na Câmara Municipal rebate críticas sobre João Campos e nega que prefeito defende empresas de "bets"

Samuel Salazar afirmou que a mudança sobre a alíquota do ISS aconteceu para que empresas de "bets" não saiam do Recife - que deixaria de arrecadar

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 20/05/2025, às 14h27 - Atualizado às 15h08

O vereador rebateu críticas que sugeriam que o prefeito do Recife apoiaria as "bets" - Divulgação
O vereador rebateu críticas que sugeriam que o prefeito do Recife apoiaria as "bets" - Divulgação

Após a base da governadora Raquel Lyra (PSD) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tecer críticas ao Projeto de Lei do Executivo (aprovado pela Câmara Municipal), que reduz a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% para empresas de apostas eletrônicas, o líder do governo, Samuel Salazar (MDB), se manifestou. 

A mudança foi aprovada no início de abril de 2025, porém, voltou a ser tema de debate na Alepe em meio às polêmicas sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que ocorre atualmente no Senado. 

Enquanto quem precisa de quimioterapia paga 5% de ISS, quem aposta no tigrinho paga 2%. A prefeitura virou patrocinadora oficial das casas de aposta”, declarou o deputado Renato Antunes (PL) na ocasião.

Samuel Salazar, entretanto, rebateu as críticas e afirmou que o prefeito João Campos (PSB) não é defensor dos jogos de aposta e, sim, defensor da "arrecadação [fiscal] do seu município". 

"João [Campos] nunca fez qualquer aumento de imposto, de qualquer segmento, aqui na nossa cidade, diferentemente de como fez, por exemplo, a governadora Raquel Lyra", disse ele. 

O vereador esclareceu que as empresas desse segmento já pagavam 2% de ISS desde 2022, se estivessem localizadas no Centro do Recife - medida que busca revitalizar e tornar a área um centro urbano movimentado. 

O que a nova legislação prevê, como explicou o vereador, é o pagamento dessa porcentagem por empresas localizadas em qualquer lugar da cidade. 

"O que fizemos foi apenas para que empresas desse segmento pudessem continuar no Recife. Se não fizéssemos essa modificação, o Recife iria perder essa arrecadação - que poderia, inclusive, ir para São Paulo, por exemplo", afirmou Salazar.