Gilson Machado processa vereadora Kari Santos por declaração polêmica

Ex-ministro Gilson Machado processa vereadora do PT pela 2ª vez após ser chamado de prisioneiro do diabo. Declaração polêmica ocorreu no dia da prisão

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 16/06/2025, às 19h28 - Atualizado às 19h50

O filho estava em Salvador no momento da prisão do pai, Gilson Machado - Reprodução
O filho estava em Salvador no momento da prisão do pai, Gilson Machado - Reprodução

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), entrou com um processo judicial contra a vereadora do Recife, Kari Santos (PT), após ser chamado de "prisioneiro do diabo" em um vídeo publicado nas redes sociais.

A declaração foi feita pela parlamentar na sexta-feira, 13 de junho, após a prisão de Gilson Machado pela Polícia Federal.

Declaração de Kari Santos e a reação de Machado

No vídeo, Kari Santos ironizou a prisão do ex-ministro, afirmando: > "O sanfoneiro do diabo acabou de ser preso, em plena ‘sexta-feira 13’. Sanfoneiro do diabo não, é prisioneiro do diabo. Agora vai lá, Gilson Machado, me processa de novo."

Gilson Machado alega que a vereadora promoveu "discurso de ódio e linchamento virtual", o que motivou sua ação judicial. No processo, o ex-ministro solicita:

  • Pagamento de R$ 50 mil em danos morais.

  • Remoção do vídeo pelo Instagram, sob pena de multa diária de R$ 2 mil, podendo alcançar R$ 30 mil.

Histórico de conflitos entre Machado e Kari Santos

Essa não é a primeira disputa judicial entre Gilson Machado e Kari Santos. Em 2024, a vereadora já havia sido condenada a pagar R$ 5 mil por chamar Machado, que à época era candidato à Prefeitura do Recife, de "sanfoneiro do diabo".

O caso levanta debates sobre liberdade de expressão, discurso político e os limites das críticas públicas. A polêmica segue repercutindo entre aliados e opositores de ambos os lados.

Gilson Filho denuncia perseguição política contra seu pai na Câmara do Recife

O vereador Gilson Filho (PL) utilizou a tribuna da Câmara Municipal do Recife, nesta segunda-feira, 16 de junho, para denunciar o que considera uma "perseguição política" contra seu pai, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado. Machado foi preso pela Polícia Federal na última sexta-feira, 13 de junho, em um desdobramento das investigações envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gilson Filho critica decisões judiciais e cita Mauro Cid

Durante seu pronunciamento, o parlamentar afirmou que a prisão do pai seria parte de uma estratégia política coordenada por autoridades judiciais: > "Meu pai foi preso injustamente. Uma perseguição desesperada. A narrativa de Mauro Cid caiu, ele mentiu no julgamento, e agora o ministro Alexandre de Moraes está buscando todos os aliados de Bolsonaro para tentar incriminar."

Vereador acusa STF e faz protesto simbólico

Em um ato de protesto, Gilson Filho jogou fora um exemplar da Constituição Federal, alegando que o documento estaria sendo ignorado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

"A gente tem esse texto aqui, mas eu poderia jogar a Constituição. É isso que o ministro Alexandre de Moraes faz no nosso país. Ele pega a Constituição brasileira e rasga. Hoje, ele está se achando o ditador do Brasil."

Segundo o vereador, a prisão de Gilson Machado afeta não apenas sua família, mas também seu avô de 85 anos, que recentemente perdeu a esposa.

Repercussão Política da Prisão de Gilson Machado

A detenção do ex-ministro está gerando impactos no cenário político de Pernambuco, principalmente entre apoiadores e opositores do governo Bolsonaro. A polêmica tem sido amplamente debatida nas redes sociais, com narrativas divergentes sobre perseguição política e combate à corrupção.

A repercussão do caso pode influenciar o posicionamento de lideranças da direita e esquerda no estado, além de ter desdobramentos judiciais nos próximos dias, conforme já adiantou o site Jamildo.com.