Durante reunião ordinária, o vereador Gilson Filho jogou o livro no chão e teceu críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes
por Clara Nilo
Publicado em 18/06/2025, às 13h04 - Atualizado às 13h40
Após a prisão do ex-ministro de Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, o vereador Gilson Machado Filho, jogou um exemplar da Constituição Brasileira de 1988 no chão e afirmou que Alexandre de Moraes estaria se achando o "ditador do Brasil". O momento de revolta aconteceu na Câmara do Recife, durante a 35ª reunião ordinária.
"A realidade é que a gente tem esse texto aqui [a Constituiçã], mas eu poderia jogar a Constituição. É isso que o ministro Alexandre de Moraes faz no nosso país. Ele pega a Constituição Brasileira e rasga. Ele, hoje, está se achando o ditador do Brasil. E eu, como filho, como quem está sofrendo com as decisões do ministro Alexandre de Moraes, fico muito triste", afirmou ele enquanto jogava o livro no chão.
"Ele não pode sair do Recife. Detalhe, meu pai mora em Jaboatão dos Guararapes. Ele não pode ir para o show da banda dele, e ele é empresário do setor de forró. A gente está no São João, ele tem mais de 10 shows marcados. Ele não pode falar com o presidente Bolsonaro, retiraram o passaporte dele sem ter cometido um crime sequer. Para Alexandre de Moraes, primeiro se prende, depois se investiga", continuou o vereador, em desabafo.
Gilson Filho ainda teria mostrado uma foto do pai ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ex-ministro foi preso, no dia 13 de junho, após a Polícia Federal encontrar supostos indícios de que o político estava relizando ações que auxiliaria a fuga de Mauro Cid do país. A suspeita surgiu após Machado ter entrado em contato com o Consulado Português para emitir um passaporte.
A defesa, por outro lado, afirma que o passaporte era para o pai do político, que nem chegou a ir presencialmente no consulado. Ele também diz que nunca esteve envolvido em nenhum plano para ajudar Cid.