Em retomada do Trem 2 da Rnest, Lula relembra críticas da operação Lava-Jato: "Fui acusado de fazer uma obra desnecessária"

Lula afirmou nesta terça-feira (2), em Suape, que a retomada do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) representa a recuperação de um projeto estratégico para Pernambuco e para a Petrobras. O presidente relatou que enfrentou resistência à época do início das obras. 

“Fui acusado de que estava fazendo uma obra desnecessária ao País porque a Petrobras não precisava de uma nova refinaria. Que isso aqui era um processo de corrupção que envolvia Petrobras, governo e empreiteiras. E muitos de vocês acreditaram porque a imprensa falava disso de manhã, de tarde e de noite”, disse.

Ele defendeu que a estatal deve direcionar investimentos ao desenvolvimento do País. “Investimento significa emprego, significa salário. A história vai provar que quem dizia que tinha corrupção eram aqueles que queriam fazer corrupção da Petrobras. A história nos ensina: se você tem numa empresa corrupção, você pune quem praticou a corrupção, mas não pune a empresa”, afirmou.

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Na mesma solenidade, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou que a refinaria deverá responder, em 2029, por 17% do diesel consumido no País. A produção atual, de 130 mil barris por dia, deve alcançar 260 mil quando o empreendimento estiver concluído.

Magda destacou ainda que o projeto do Trem 2 foi fracionado em sete pacotes para ampliar a participação de empresas locais e favorecer trabalhadores pernambucanos. Segundo ela, parcerias com sete municípios visam preparar mão de obra, e a expectativa é de criação de cerca de 15 mil empregos durante a obra.

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A executiva anunciou também o início da operação de uma usina fotovoltaica instalada na área da refinaria, orçada em R$ 80 milhões. “A usina terá capacidade de 12 megawatts, o que representa mais ou menos o consumo de uma cidade de 50 mil pessoas. Com a usina, nós vamos liberar o gás natural para o mercado. Será mais gás no mercado e baixa o preço. Isso é bom para todos”, afirmou.