O ex-presidente comentou via X (ex-Twitter) a repercussão da reunião de lideranças do G20 e chamou a gestão Lula de "desastre político e econômico"
por Yan Lucca
Publicado em 18/11/2024, às 13h44
No dia que marca o início da reunião de cúpula do G20 que ocorre no Rio de Janeiro até amanhã, terça-feira (19) com lideranças dos 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou de se encontrar com lideranças políticas da direita brasileira.
O objetivo do encontro é discutir os resultados das eleições 2024 e também repercutir a reunião de cúpula do G20.
Com os holofotes da imprensa mundial no Rio de Janeiro sob o anfitrião Lula da Silva, o ex-presidente e líder da direita brasileira não poupou críticas via X (ex-Twitter) comentando uma suposta crise na gestão Lula observada pela imprensa estrangeira.
Citando uma opinião publicada no Wall Street Journal (NYC) escrita pela colunista Mary Anastasia O'Grady intitulada "Brazil and Latin America's Decline" — O Declínio do Brasil e da América Latina — o ex-mandatário faz uma análise do governo Lula que afirma ser um "desastre político e econômico".
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Bolsonaro afirma, ainda, que "[o suposto declínio] sinaliza um futuro preocupante caso o país não mude de direção".
A coluna do tradicional jornal americano é sustentada a partir de alguns dados e opiniões da jornalista, que tem a atitude de Lula (lançar a iniciativa para erradicar a fome e a pobreza no mundo até 2030) como uma "ironia". Segundo a colunista, "suas políticas [de Lula], tanto internas quanto externas, desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, colocam seu país em risco de afundar ainda mais em uma situação difícil". que ainda faz uma associação do governo Lula e um suposto desprezo pela democracia e apoio à ditaduras.
Na publicação, Bolsonaro aproveita para fazer um apelo aos parlamentares, governadores e demais lideranças do país.
"É hora de uma reflexão profunda sobre os rumos que estamos tomando e sobre a urgência de começarmos a pavimentar o caminho para a mudança necessária e inevitável em 2026", escreveu, defendendo bandeiras como "proteger a liberdade e restaurar a normalidade institucional".
Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023 devido a irregularidades identificadas durante uma reunião realizada com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Com isso, Bolsonaro recebeu uma pena de inelegibilidade por oito anos, o que o impede de disputar cargos públicos até 2030.
A esperança dos bolsonaristas está na Lei de Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, que pode incluir o nome do ex-presidente para disputar as eleições em 2026.
No encontro em Alagoas, de Pernambuco, os deputados estaduais Coronel Alberto Feitosa e Abimael Santos e o deputado federal Coronel Meira. Já estavam em Alagoas, para este evento, Gilson Machado, o vereador Gilson Machado Filho, o ex-ministro Carlos Brito e o deputado federal Pastor Eurico.
A Pesquisa do Instituto França, divulgada pelo Blog do Jamildo mais cedo, revela que, pela primeira vez, a desaprovação ao governo Lula supera a aprovação: 51,55% dos entrevistados desaprovam seu terceiro mandato, enquanto 44,52% aprovam. Apenas 3,38% se dizem neutros, e 0,55% não soube ou não quis responder. A divisão regional mostra que o Nordeste continua sendo um reduto de apoio, com 62,48% de aprovação, enquanto no Centro-Oeste os índices de rejeição chegam a 66,97%.
Além disso, a percepção geral da administração reflete insatisfação: 42,84% avaliam o governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 33,34% o consideram bom ou ótimo. Entre as principais preocupações dos brasileiros estão a saúde pública (37,50%), segurança (19,32%) e educação (13,94%), destacando áreas nas quais os eleitores esperam melhorias urgentes.
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