Eleições 2024: grande foco na disputa, propaganda eleitoral na internet será proibida em breve

Propaganda eleitoral na internet de teor pago começa a ser proibida antes das eleições, veja quando e o que mudará nas campanhas

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 02/10/2024, às 11h36

Redes sociais têm sido ferramentas cada vez mais importantes nas campanhas dos candidatos - Fernando Frazão/Agência Brasil
Redes sociais têm sido ferramentas cada vez mais importantes nas campanhas dos candidatos - Fernando Frazão/Agência Brasil

Com a aproximação do primeiro turno das eleições municipais de 2024, que ocorre no domingo (06), algumas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começam a entrar em vigor. 

A partir da terça-feira (01), eleitores não podem ser presos, com exceção de casos em flagrante, condenação a um crime inafiançável ou desrespeito a salvo-conduto. 

Outra regra que começa a vigorar a partir de sexta-feira (04) é a determinação sobre o fim da propaganda eleitoral na internet. O TSE exige que acabe a divulgação paga em meio digital faltando 48 horas para eleição. 

Já na quinta-feira (03), também encerra a propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV. 

Entenda fim da propaganda eleitoral na internet

A regra sobre propaganda eleitoral não impede que os candidatos se promovam em suas redes sociais, mas proíbe a circulação e o impulsionamento de conteúdo. Essa decisão também criminaliza ações do tipo 24 horas após o primeiro turno.

Quem impulsionar no dia da eleição poderá sofrer pena de detenção e multa de até R$ 15 mil. A propaganda veiculada gratuitamente na internet pode continuar a ocorrer. 

Nas últimas eleições, os custos com impulsionamento digital e publicidade nas redes sociais têm aumentado. Segundo o TSE, nas eleições de 2022, o gasto com impulsionamento de conteúdos foi de R$ 376 milhões

Essa ação está vinculada com o aumento da presença digital dos brasileiros nas redes sociais. Tal alternativa também auxilia os candidatos com menor ou nenhum tempo de guia eleitoral. 

Neste ano, por exemplo, a deputada federal Dani Portela (PSOL) tem utilizado seu guia eleitoral de apenas 30 segundos para chamar os eleitores a conhecer suas redes sociais. 

Na prestação de contas da candidata no TSE, há o registro do gasto de R$ 30 mil com impulsionamento de conteúdos, 3,1% de todas as despesas de sua candidatura.

Com os números atuais, Gilson Machado é o candidato que gastou a maior porcentagem de seus recursos com impulsionamento, totalizando mais de 7% do valor total. Veja o ranking de gastos com essa área entre os candidatos com representação no Congresso Nacional: 

  • Gilson Machado: R$ 400.000,99. 7,2% das despesas
  • João Campos: R$ 100.000,00. 1,9% das despesas
  • Daniel Coelho: R$ 100.000,00. 1,6% das despesas
  • Técio Teles: R$ 8.000,00. 4,92% das despesas
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