Descubra quem é a deputada federal cassada por usar verba pública para harmonização facial

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) nesta quinta-feira (20), veja detalhes

Yan Lucca

por Yan Lucca

Publicado em 20/06/2024, às 23h22

Foto da deputada Silvia Waiãpi, cassada pelo TRE-AP por utilziar verba pública para procedimento estético - Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Foto da deputada Silvia Waiãpi, cassada pelo TRE-AP por utilziar verba pública para procedimento estético - Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Nesta quinta-feira (20), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) cassou, por unanimidade, o mandato de Silvia Waiãpi, deputada federal pelo Partido Liberal (PL-AP). A deputada ficou conhecida nos anos 2000 por interpretar a indígena Crocoká na novela “Uga Uga”, produzida pela TV Globo.

A parlamentar é acusada de utilizar verba pública da campanha eleitoral para um procedimento de harmonização facial, durante o pleito de 2022.

A decisão foi tomada a partir de uma solicitação do Ministério Público Eleitoral, acatada pelos setes desembargadores eleitorais que rejeitaram a prestação de conta de Silvia.

Segundo a denúncia do MP, foram gastos R$ 9 mil dos recursos destinados à campanha em procedimentos estéticos realizados em um consultório odontológico em Macapá, capital do Amapá.

O documento aponta que o procedimento foi realizado em 29 de agosto de 2022. Na mesma data, a deputada havia recebido recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

O que disse a assessoria de Silvia Waiãpi?

Por meio de nota, a assessoria informou que soube da cassação através da imprensa e afirmou que as contas já haviam sido julgadas e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. Informaram, ainda, que a deputada não foi intimada e nem seus advogados.

Segundo o MP, os depoimentos das testemunhas afirmam que Silvia transferiu dinheiro da conta da campanha para conta de uma coordenadora. Logo em seguida, a coordenadora fez o pagamento do serviço estético, por ordem da então candidata.

Do montante apresentado pela parlamentar à Corte, um total de R$ 39.454,70 em gastos de campanha, apenas R$ 20 mil foram destinados a serviços de marketing digital, cerimonial e produção de vídeos, enquanto o restante desse valor foi destinado a outras despesas.

A defesa da deputada pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão do TRE-AP. 

O site jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, que liderou o Blog de Jamildo no Jornal do Commercio (JC).