Em greve desde abril, professores da UFRPE decidem encerrar paralisação a partir de 1º de julho

A decisão de encerrar com a greve foi tomada após assembleia-geral da categoria, que ocorreu na noite da última quarta-feira (19)

Yan Lucca

por Yan Lucca

Publicado em 20/06/2024, às 16h42

Foto da Universidade Federal de Pernambuco - Foto: Divulgação / ASCOM UFPE
Foto da Universidade Federal de Pernambuco - Foto: Divulgação / ASCOM UFPE

Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do campus Recife, decidiram em assembleia, na noite desta quarta-feira (19), encerrar a greve que começou em abril deste ano.

A decisão foi tomada com 69 votos a favor do fim da paralisação, oito contrários e uma abstenção, e será efetivada a partir do dia 1º de julho.

Os docentes da UFRPE na capital pernambucana também aprovaram a proposta apresentada pelo governo federal, que inclui reajustes de benefícios e aumentos salariais escalonados.

Proposta do Governo Federal

A proposta do Governo Federal contempla a implementação de reajustes nos benefícios, como auxílio-alimentação, saúde suplementar e creche. Além disso, houve um aumento no reajuste linear, que passou de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Esses ajustes foram suficientes para atender parcialmente as demandas dos docentes, que reivindicavam inicialmente um reajuste salarial de 22,7%.

Enquanto os professores da UFRPE decidiram encerrar a greve, os técnicos e professores do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) realizaram uma assembleia na mesma quarta-feira e decidiram pela manutenção da paralisação.

Histórico da greve

A greve dos professores da UFPE começou em 22 de abril de 2024, afetando aproximadamente 40 mil estudantes devido à adesão de cerca de 3 mil docentes. Durante a paralisação, os professores angariaram algumas conquistas, como a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, e a implementação de vários benefícios adicionais.

Além dos reajustes salariais, houve reajustes em benefícios como auxílio-alimentação, saúde suplementar e creche, e a criação de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas.

O anúncio do PAC das Universidades, que destinará R$ 5,5 bilhões para a expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia, também foi comemorada.

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