Com ausência de Keko em transferência de cargo, Lula Cabral imita o presidente Lula; entenda

Adversários políticos e com diversos ataques ao longo da campanha, Lula Cabral e Keko do Armazém não farão a típica passagem de cargo; veja alternativa

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 01/01/2025, às 11h36

Lula e Keko do Armazém já foram aliados, mas foram adversários nas últimas eleições - Roberta Guimarães/Alepe- Divulgação
Lula e Keko do Armazém já foram aliados, mas foram adversários nas últimas eleições - Roberta Guimarães/Alepe- Divulgação

A posse do prefeito Lula Cabral (Solidariedade) contou com a ausência do até então prefeito e ex-vice de Cabral, Keko do Armazém (PP), no momento de transferência de cargo. 

Com esse cenário, Lula Cabral decidiu seguir os passos de seu xará, o presidente Lula (PT), que aproveitou a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tornar a passagem de cargo como uma representação do povo brasileiro, com representantes de minorias sociais. 

Segundo informações recebidas pelo Jamildo.com, Lula vai receber a faixa e a chave da cidade do Cabo de Santo Agostinho por representantes da população da cidade.

Dentre as pessoas escolhidas estão membros de grupos de mães atípicas, pessoas com deficiência (PCDs), jovens e da população negra. 

Histórico de rivalidade entre Keko do Armazém e Lula Cabral

Rivais após uma ruptura entre prefeito e vice, no qual Keko assumiu o Cabo de Santo Agostinho enquanto Lula Cabral estava preso, os políticos já tinham disputado a eleição de 2020 antes do pleito de 2024. 

Enquanto em 2020 Keko saiu vitorioso das urnas, dessa vez Lula conseguiu 46,64% dos votos válidos, contra 41,74% do adversário. 

Durante a disputa municipal de 2024, as críticas entre os políticos eram intensas. Enquanto Keko afirmava que Lula era corrupto, o novo prefeito chegou a chamar seu antigo vice de "cachaceiro" e "cheira pó"

Ambos também pediram impugnação das candidaturas adversárias.

Keko alegou que Lula não poderia se candidatar pelos problemas legais do político do Solidariedade, enquanto Cabral afirmou que o então prefeito estaria tentando um terceiro mandato consecutivo. 

A solicitação do político do PP chegou a ser aceita na primeira instância, mas foi alterada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que concedeu o direito de Lula Cabral tomar posse no Cabo.