Bolsonaro vai em ato do 7 de setembro contra o ministro Alexandre de Moraes. Ato de Malafaia tenta mobilizar manifestantes contra ministro
por Cynara Maíra
Publicado em 24/08/2024, às 10h51
Um ato da avenida Paulista contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve ocorrer no dia 7 de setembro, marco da independência do Brasil.
Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento deve ter a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que gravará um vídeo para chamar seus apoiadores para manifestação.
O ato em São Paulo está marcado para 14 horas e promete ter um tom distinto ao que ocorreu na manifestação de fevereiro. No início do ano, Bolsonaro pediu que manifestantes não levassem cartazes contra os ministros do STF e clamou pelo fim dos ataques aos magistrados.
Na época, apenas Silas Malafaia fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes. Dessa vez, o pastor promete: "agora o pau vai torar em cima desse cara", em referência ao ministro.
Malafaia afirma que "todos vão falar o que quiser" e que utilizará seu momento para pedir o impeachment e a prisão de Moraes.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-ES) são nomes confirmados para discursar no ato.
Os foragidos que estão na Argentina após mandados de prisão por atos no 8 de janeiro de 2023 também convocam público para manifestação contra Alexandre de Moraes.
A retomada dos ataques contra Alexandre de Moraes ocorre após a reportagem da Folha de São Paulo, no qual foram divulgadas mensagens de assessores de Moraes mostrando solicitações informais de pedidos de provas para utilizar em inquéritos contra apoiadores de Bolsonaro.
Após o caso, diversos aliados de Bolsonaro montaram uma petição pelo impeachment de Moraes, o pedido online já passou de um milhão de assinaturas. No texto criado na plataforma change.org, os criadores acusam o ministro de abuso de poder e criação de provas ilegais.
Com a divulgação da reportagem da Folha, o gabinete do magistrado afirmou que as ações de Moraes baseavam no direito de polícia que o Tribunal Superior Eleitoral detinha para relatar atividades ilícitas.
"Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais", afirmou o gabinete.
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