Bolsonaro em Alagoas: Gilson Machado no Senado, férias, política e estratégias para 2026

O ex-presidente Bolsonaro tirou a semana de férias, para descansar no litoral de Alagoas, mas não abandonou a política nacional

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 20/11/2024, às 13h28 - Atualizado às 18h04

Bolsonaro falou do PL, do Senado, do STF, do TSE, além da polêmica sobre a escala 6x1 para os trabalhadores - Foto: Yan Lucca / Jamildo.com
Bolsonaro falou do PL, do Senado, do STF, do TSE, além da polêmica sobre a escala 6x1 para os trabalhadores - Foto: Yan Lucca / Jamildo.com

O ex-presidente Bolsonaro tirou a semana de ferias, para descansar no litoral de Alagoas

Hospedado na pousada do ex-ministro Gilson Machado, localizada em São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas, Bolsonaro está pescando em alto mar.

Antes de relaxar, em meio a uma fazenda de coqueiros, ele realizou um encontro com aliados do Nordeste, nesta segunda-feira.

Na semana passada, Bolsonaro já havia falado muito de política, em evento do PL com o filho Eduardo Bolsonaro.

Um dos recados é a reconciliação com o Centrão. Nada de brigas com PSD, PP e similares.

Como as eleições de 2026 passam antes pelas eleições legislativas, em especial o Senado, Bolsonaro defendeu que era preciso fazer gestos com o Centrão, que depois pode ser aliado mais na frente.

Neste contexto, é que o PL vai votar e fazer campanha para a eleição de Davi Alcolumbre para presidir o Senado.

O deputado Alberto Feitosa, no episódio do meu Podcast, revela que a ideia é lançar Gilson Machado ao Senado, em 2026, por Pernambuco, dentro desta estratégia. Só ou com alianças.

A imprensa nacional informa que o próprio Eduardo Bolsonaro vai sair candidato ao Senado, em 2026. Na semana passada, ele virou "chanceler" do PL, para cuidar de assuntos internacionais. Foi neste evento que Bolsonaro discursou.

Na fala, no que toca ao partido, Bolsonaro deixou claro que vai seguir a receita de Trump. Quer que o PL se volte para resolver a vida das pessoas e não ficar falando de identitarismo.

Um exemplo concreto deve se dar na polêmica em torno da PEC que trata da modificação da escala de trabalho da CLT, hoje em seis dias de trabalho por um de folga.

Na guerra com Lula e o PT, Bolsonaro recomendou que os deputados do PL votem para aprovar a medida, deixando o presidente Lula com a missão árdua de aprovar, e se dar mal com os empresários, ou vetar, se dando mal com os trabalhadores.

"A maioria não vai entender, se a gente ficar contra. Você combate uma picada de cobra com peçonha", ilustrou, com uma figura de linguagem, conforme apurou o site Jamildo.com.

Com ironia, sugeriu que a PEC estabeleça salário mínimo de 10 mil e que Lula seja instado a se pronunciar.

"Não vamos cair em areia movediça. Não vamos dar tiro no pé. Joguem o abacaxi para ele resolver. O PT quer renascer das cinzas jogando empregado contra patrão e temos que eleger a maior bancada do Brasil"

Em Alagoas, ele repetiu que vai pedir ao TSE que libere sua viagem para a posse do novo presidente americano.

Em uma fala que pode ser lida como uma provocação ao STF, afirmou que duvidava que o Trump assumindo, o X não seria bloqueado no Brasil. A conferir.

No evento da semana passada, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, estava presente ao encontro, mas seguindo a restrição imposta pela Justiça, foi obrigado a deixar o evento quando Bolsonaro chegou. Valdemar não esteve em Alagoas, no encontro de Bolsonaro com aliados locais.

@blogdojamildo