Sintepe: professores e estudantes se reunem em protesto contra gestão de Raquel Lyra

Com a participação de professores e estudantes, os protestos estão acontecendo em todo o estado e o Sintepe quer alcançar 200 escolas mobilizadas

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 09/04/2025, às 14h11 - Atualizado às 16h49

Divulgação/Sintepe
Divulgação/Sintepe

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) promoveu, na manhã desta quarta-feira (9), em mais um protesto contra a gestão da governadora Raquel Lyra pela "necessidade urgente de investimentos na rede pública de ensino e valorização dos profissionais da educação". A iniciativa faz parte da campanha salarial da categoria deste ano.

As escolas que se mobilizaram foram: Escola Estadual Martins Júnior, no Bairro da Torre; Escola Estadual Aníbal Fernandes, Rua do Pombal, no Bairro de Santo Amaro e Escola Estadual Cônego Rochael, na avenida Mário Melo, também em Santo Amaro. 

Segundo a entidade sindical, os protestos estão acontecendo em todo o estado e chamam atenção para uma série de problemas, como ausência de kits escolares, merenda insuficiente ou de má qualidade, salas sem climatização, falta de subestações de energia e infraestrutura precária.

Segundo dados do Censo Escolar 2023, mais de 86% dos jovens matriculados no Ensino Médio em Pernambuco, estudam nas escolas estaduais. 10,9% estão em escolas privadas e 2,5% na rede do Governo Federal. 

“Está evidente que investir nas escolas estaduais de Pernambuco é investir no futuro e no pleno desenvolvimento de nosso Estado. E o que estamos vendo? Escolas com graves problemas estruturais, com calor extremo, oferecendo merenda com pouca qualidade", afirmou Ivete Caetano, presidente do Sintepe.

"Defender a escola pública é defender o lugar para onde vão mais de meio milhão de jovens de segunda a sexta-feira para estudar e conquistar seus sonhos. E defender a escola pública é valorizar os profissionais que fazem ela funcionar, que são professores, administrativos, analistas e demais servidores”, completou a  presidente.

De acordo com o Sintepe, os protestos partem de uma organização interna das escolas e não acarretam na paralisação das aulas. O sindicato acredita que ainda devem chegar a 200 escolas mobilizadas, além das atividades internas que também estão acontecendo, como debates e rodas de diálogo, tudo parte da campanha salarial.

Confira as escolas que já realizaram protestos, de acordo com o Sindepe: 

EREM Jarbas Pernambucano, no Recife;
EREM Aníbal Fernandes, no Recife;
EREM Presidente Humberto Castello Branco, no Recife;
EREM Nóbrega, no Recife;
EREM Cônego Rochael, no Recife;
EREM Brigadeiro Eduardo Gomes, no Recife;
EREM Diario de Pernambuco, no Recife;
EREM Três Marias, em Floresta;
EREM Arcoverde, em Arcoverde;
EREM João Monteiro de Melo, em Belo Jardim;
ETE Professor Alfredo Freire, no Recife;
EREM Samuel Macdowell, em Camaragibe;
EREM Desembargador Antônio da Silva Guimarães, em Pontezinha, Cabo de Santo Agostinho;
Escola Estadual Maria Eugênia Lopes Gomes, em Ponte dos Carvalho, Cabo de Santo Agostinho;
EREM Professor Lisboa, em Caruaru;
EREM Oliveira Lima, em São José do Egito;
Escola Estadual Professora Adelina Almeida, em Petrolina;
Escola Estadual do Bairro Areia Branca, em Petrolina;
Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios, no Recife.