Pernambuco manteve a melhor classificação de sua história na Capacidade de Pagamento (CAPAG), facilitando aquisição de empréstimos
por Cynara Maíra
Publicado em 19/09/2025, às 07h49 - Atualizado às 08h27
Pernambuco manteve, pelo segundo ano consecutivo, a nota B+ na Capacidade de Pagamento (CAPAG), a avaliação de saúde fiscal dos estados realizada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
A classificação, divulgada na quarta-feira (17), é a melhor da história do estado desde a criação da metodologia, em 2016. Apesar de não ter avançado na nota entre 2024 e 2025, o índice representa uma melhora em relação à nota C que o estado tinha até 2022.
A manutenção do bom resultado mantém Pernambuco com elegibilidade para contratar novos empréstimos com garantia da União. Entre eles, já está autorizada uma operação de R$ 1,5 bilhão para investimentos em obras de infraestrutura, aprovada pela Assembleia Legislativa (Alepe).
A governadora Raquel Lyra comemorou o resultado, contrastando-o com a situação encontrada no início da gestão, pós dois mandatos de Paulo Câmara.
“Quando Priscila (Krause) e eu chegamos ao Palácio do Campo das Princesas encontramos o Executivo praticamente quebrado, mas esse jogo está virando. Com a confiança do Tesouro Nacional nós podemos contratar operações de crédito que estão levando desenvolvimento para cada recantinho da nossa terra”, afirmou.
A CAPAG funciona como um "selo de bom pagador", uma análise de risco de crédito que o Tesouro Nacional faz para saber se um estado ou município tem condições de honrar suas dívidas.
A nota final resulta da análise de três indicadores principais:
Endividamento: Mede o tamanho da dívida consolidada. Neste quesito, Pernambuco obteve a nota máxima, A.
Poupança Corrente: Avalia a relação entre as receitas e as despesas correntes, indicando a capacidade de poupar. A nota do estado foi B.
Liquidez: Verifica a situação de caixa do estado para cobrir suas obrigações de curto prazo. A nota também foi B.
Além desses pontos, Pernambuco novamente garantiu a nota máxima (A) no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal (ICF), com 97,17% de aproveitamento. O bom desempenho em transparência e precisão dos dados fiscais influencia positivamente a nota final da CAPAG.
A nota B+ coloca Pernambuco no grupo de 21 estados (além do DF) que têm boa situação fiscal, com notas entre A+ e B.
O cenário nacional é majoritariamente positivo, com apenas um estado, o Acre, registrando queda em sua avaliação no último ciclo.
A nota do Capag de cada estado brasileiro foi:
Estado | Nota Capag 2025 |
---|---|
Acre | B |
Alagoas | B |
Amapá | C |
Amazonas | B+ |
Bahia | B+ |
Ceará | B+ |
Distrito Federal | A+ |
Espírito Santo | A+ |
Goiás | A+ |
Maranhão | B |
Mato Grosso | A+ |
Mato Grosso do Sul | A |
Minas Gerais | B |
Pará | B |
Paraíba | B+ |
Paraná | A+ |
Pernambuco | B+ |
Piauí | B |
Rio de Janeiro | C |
Rio Grande do Norte | B |
Rio Grande do Sul | B |
Rondônia | A |
Roraima | C |
Santa Catarina | A+ |
São Paulo | B |
Sergipe | B |
Tocantins | B |