João Campos dá ordem de serviço para construção de novo habitacional, na Imbiribeira, nesta segunda

Comunidade do Bem, na Imbiribeira, vai ganhar mais novo conjunto habitacional da Prefeitura do Recife, com 336 unidades

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 18/08/2025, às 14h52

Imagem ilustrativa. - Reprodução
Imagem ilustrativa. - Reprodução

Depois da polêmica com a CPRH, no fim de semana, em torno de uma licença para construção de um conjunto habitacional em Boa Viagem, o prefeito do Recife, João Campos, assina uma nova ordem de serviço para construção de um habitacional na Imbiribeira, nesta segunda-feira.

O empreendimento, do Minha Casa Minha Vida, será construído na Comunidade do Bem, próximo a Cachaçaria Carvalheira. O conjunto terá 336 unidades, o que pode dar moradia para cerca de 1,2 mil pessoas, dessas divididas em dois blocos.

O investimento será de 59,4 milhões, sendo R$ 57,1 milhões da União e R$ 2,3 milhões por parte da Prefeitura do Recife. 

O evento está marcado para as 19 horas, com a presença do prefeito João Campos, além do secretário de Habitação, Felipe Cury.

"Recife está vivendo o maior investimento do Minha Casa Minha Vida", afirmou o secretário, citando que em Boa Viagem são outras 528 unidades.

PCR entra na Justiça contra CPRH

Nesta segunda-feira, a Prefeitura do Recife informou que protocolou uma ação judicial com o objetivo de retirar o embargo imposto pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) no terreno da Vila Aeronáutica e liberar os trabalhos de limpeza das quadras impedidas pelo Estado onde serão construídos os futuros conjuntos habitacionais no local.

A ação foi protocolada na primeira instância da 5ª Vara da Capital.

Segundo a gestão municipal, a iniciativa se deve ao fato de que todo o licenciamento seguiu rigorosamente os trâmites legais previstos, não se configurando, portanto, desmatamento.

"O município destaca que a CPRH não tem competência para fazer fiscalização na área, mas sim a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, como determina a legislação vigente".

"O trabalho de erradicação foi licenciado pela Secretaria Executiva de Licenciamento Ambiental do Recife, conforme atesta documento, dentro do que prevê a legislação vigente, com o replantio de 268 árvores - o dobro do que será retirado - como compensação ambiental, seguindo as diretrizes estabelecidas no Manual de Arborização do município".

"A Prefeitura do Recife considera que a ação de órgãos estaduais é arbitrária, ultrapassando os limites de competência da CPRH. A gestão municipal confia que a Justiça vai restabelecer a legalidade, tendo em vista que os futuros conjuntos habitacionais vão beneficiar mais de 2,6 mil pessoas, em mais uma parceria do município com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa Minha Vida FAR, num investimento de mais de R$ 90 milhões".

"A CPRH (agora sob Daniel Coelho) está fazendo confusão, a gente está autorizado. Nós continuamos a obra, em um dos cinco lotes. Eles se aproveitaram de uma filigrana, que o documento se refere a um único número de lote, mas este é o endereço do todo o terreno", disse, nesta tarde ao site Jamildo.com.

"A CPRH só arbitra esses licenciamentos nos municípios onde não existe secretaria de Meio Ambiente. Não é o caso do Recife".

Uma professora de Biologia contou ao site Jamildo.com que a PCR tem este poder, sem passar pela CPRH. "O licenciamento da Via Mangue ocorreu assim. O licenciamento do terreno do Cais José Estelita ocorreu assim".