Projeto de Lei 1/2025 visa redefinir organograma da Prefeitura e criar novos cargos comissionados
por Yan Lucca
Publicado em 13/01/2025, às 16h50
A Câmara Municipal do Recife começa a analisar nesta segunda-feira (8) o Projeto de Lei 1/2025, que redefine o organograma da Prefeitura após a reforma administrativa realizada no final de dezembro. A proposta, enviada pelo prefeito João Campos (PSB), prevê a criação de 932 novos cargos comissionados, elevando o total para 3.555.
O impacto financeiro estimado é de R$ 65,9 milhões por ano, conforme o anexo do projeto encaminhado pelo Executivo.
O aumento acompanha a ampliação do número de secretarias municipais, que passou de 21 para 26. Uma possível justificativa para esse aumento seria “fortalecer a capacidade de entrega de obras e ações”. No início da administração de João Campos, em dezembro de 2021, o Recife contava com 2.623 cargos comissionados, demonstrando um crescimento de 35,5% no período.
Com o novo organograma, o número de cargos comissionados no Recife ultrapassa o do Governo de Pernambuco, que possui 3.378 posições, mesmo tendo funções e responsabilidades mais amplas, como a gestão de toda a máquina estadual.
Na última sexta-feira a Prefeitura do Recife, apresentou à Câmara Municipal um Projeto de Lei que propõe um novo modelo administrativo, alinhado aos desafios emergentes da cidade.
A reformulação inclui a criação de secretarias estratégicas, como as de Ordem Pública e Segurança e de Assistência Social e Combate à Fome, para atender demandas específicas da população. Segundo o prefeito, a iniciativa visa modernizar a gestão pública, acelerar a execução de políticas prioritárias e melhorar a qualidade de vida dos recifenses, com planejamento robusto e metas bem definidas para os próximos quatro anos.
Segundo a gestão, a nova estrutura também prevê a valorização dos servidores municipais, com recomposição de gratificações e incentivos baseados em desempenho, buscando engajamento e eficiência nos serviços públicos.
A proposta, segundo a PCR, é fruto de um diagnóstico das prioridades da cidade e de um processo de escuta da população. A expectativa é que a reestruturação torne a administração mais ágil e eficaz.
A reportagem procurou a Prefeitura do Recife para comentar o aumento de cargos e o suposto impacto financeiro do projeto, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. A matéria será atualizada assim que houver retorno.
Leia também
@blogdojamildo