Categoria aprovou renovação da convenção coletiva no domingo (28). Paralisação da aviação estava prevista para o dia 1º de janeiro de 2026
por Cynara Maíra
Publicado em 29/12/2025, às 08h22 - Atualizado às 08h42
Fim da Ameaça: O ministro Silvio Costa Filho anunciou que não haverá greve na aviação após acordo neste domingo (28).
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Aprovação: A proposta mediada pelo TST teve 65,93% de votos favoráveis dos aeronautas.
Termos: O acordo prevê correção pelo INPC mais 0,5% de ganho real e 8% de aumento no vale-alimentação.
Contexto: A greve estava prevista para 1º de janeiro de 2026; tripulantes de GOL e Azul haviam rejeitado propostas anteriores.
Normalidade: A decisão garante a operação regular dos voos durante a alta temporada de fim de ano e férias.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), comunicou no domingo (28) que a ameaça de greve na aviação regular brasileira não ocorrerá.
Após funcionários das empresas de aviação reclamarem das propostas das empresas Gol e Azul, os pilotos e comissários aprovaram a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período de 2025/2026. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) mediou a negociação.
Com votação online no início da noite, 65,93% votaram favor do acordo. O grupo contrário somou 32,77%; as abstenções ficaram em 1,30%.
A partir do resultado, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) cancelou a assembleia que poderia deflagrar uma paralisação geral a partir de 1º de janeiro de 2026.
"Com a aprovação, está cancelada a assembleia de deflagração de greve", diz o comunicado oficial da entidade sindical.
Silvio Costa Filho comunicou a decisão dos profissionais logo após a reunião para tranquilizar passageiros e o setor turístico em meio à alta temporada de viagens.
"A mediação do TST foi fundamental para assegurar equilíbrio nas negociações e preservar um setor estratégico para a economia nacional", afirmou o ministro.
A proposta aprovada substituiu a ideia anterior de abonos pontuais por reajustes estruturais. O texto final garante a correção dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) com um ganho real de 0,5%.
O acordo também estabelece um reajuste de 8% no vale-alimentação da categoria.
Essa negociação conclui as tratativas que ocorriam desde setembro.
A possibilidade de uma greve aumentou após tripulantes da GOL e da Azul rejeitarem uma proposta inicial das empresas. Os funcionários cobravam um aumento no combate à fadiga humana e melhores condições de trabalho. A Latam já tinha estabelecido com um acordo com seus aeronautas.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, que acompanhou o processo junto à Anac, a construção de um entendimento entre as partes ocorreu de forma "responsável e colaborativa".