Raquel Lyra precisa entregar 60 cozinhas comunitárias em pouco mais de um mês para bater meta

O Governo de Pernambuco inaugurou, na sexta-feira (28), a 60ª cozinha comunitária de 2025, localizada em Terezinha, no Agreste do estado.

Com a entrega, a gestão de Raquel Lyra (PSD) chega a 240 unidades em funcionamento, mas ainda enfrenta precisará inaugurar outras 60 cozinhas até o dia 31 de dezembro para cumprir a meta estipulada de 300 equipamentos até o fim do ano.

Isso significa que em pouco mais de 30 dias, a Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS) precisará entregar o mesmo volume de unidades que levou quase 11 meses para inaugurar em 2025.

A pressão pelo cumprimento do prazo não vem apenas da oposição. Em evento no Recife no último dia 13 de novembro, a própria governadora cobrou publicamente o secretário da pasta, Carlos Braga, sobre o cronograma.

Na ocasião, Raquel lembrou a promessa de atingir 300 cozinhas ainda este ano, o que poderia tornar o Bom Prato uma das principais vitrines sociais da gestão, ao lado do Mães de Pernambuco.

O Jamildo.com tem atualizado os números do programa Bom Prato neste infográfico interativo, confira: 

Para ampliar a distribuição das cozinhas comunitárias, neste sábado (29) a governadora divulgou no Diário Oficial o chamamento público para instauração de 38 cozinhas comunitárias. 

Avanço do Bom Prato no Agreste e Sertão

A unidade entregue na sexta em Terezinha, batizada de Maria Zélia Cavalcante de Carvalho, funcionará das 6h às 14h e servirá almoço para a população vulnerável. Esta é a segunda cozinha do município.

Um dia antes, na quinta-feira (27), o estado inaugurou a terceira cozinha comunitária de Betânia, no Sertão do Moxotó. O equipamento fica no Distrito de São Caetano e servirá jantar das 13h às 17h.

Segundo o secretário Carlos Braga, o avanço da rede demonstra a "dedicação do Governo de Pernambuco em aumentar a segurança alimentar".

"Alcançar a marca de 60 cozinhas comunitárias em menos de um ano mostra a força do Programa Bom Prato... Estamos criando uma rede que proporciona dignidade", afirmou o gestor.

Corrida contra o tempo e números das cozinhas comunitárias

Para atingir a meta de 300 unidades, o governo aposta no modelo de cofinanciamento "fundo a fundo". O Estado repassa R$ 50 mil para a implantação e garante um custeio mensal de R$ 20 mil após a inauguração. A operação diária fica a cargo das prefeituras.

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Apesar do desafio da meta anual, os números absolutos mostram um salto na rede de segurança alimentar. Até 2022, Pernambuco contava com apenas 55 cozinhas nessa modalidade. Sob a gestão Raquel Lyra, já foram abertas 185 novas unidades desde 2023.

Ao todo, o programa já serviu mais de 19,8 milhões de refeições. Cada equipamento deve fornecer, no mínimo, 200 refeições diárias, com prioridade para encaminhamentos dos CRAS e CREAS.

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A aceleração das entregas também tem um componente eleitoral. Com o calendário apertado em 2026 devido às vedações da legislação eleitoral, o governo corre para aprimorar a iniciativa como uma de suas vitrines antes do período de campanha.