Governo lança programa para melhorar acessibilidade de passageiros com autismo nos aeroportos

Programa federal instalará 20 salas adaptadas em aeroportos até 2026 para facilitar viagens de passageiros com autismo e neurodivergências

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 06/11/2024, às 08h43

Silvio Costa Filho no lançamento do programa de acolhimento do passageiro com transtorno do espectro autista (TEA) - Antônio Cruz/Agência Brasil
Silvio Costa Filho no lançamento do programa de acolhimento do passageiro com transtorno do espectro autista (TEA) - Antônio Cruz/Agência Brasil

O Governo Federal anunciou na terça-feira (05) um programa que visa facilitar o deslocamento em aeroportos brasileiros de passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências.

O plano anunciado pelo Ministério de Portos e Aeroportos prevê a criação de 20 salas adaptadas até 2026, com o objetivo de atender de maneira acolhedora aproximadamente 200 mil passageiros com neurodivergências. 

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), explicou que a iniciativa deve garantir melhores condições de viagens para pessoas com neurodivergências e seus respectivos familiares. 

Para incentivar a produção ágil dos espaços, o ministro propôs a criação de uma premiação para as concessionárias aeroportuárias que implantarem as três primeiras salas do tipo. Esse reconhecimento poderia assegurar destaques para premiação dos melhores aeroportos do ano. 

Salas acolhedoras para passageiros com neurodivergências

O plano é que as salas nos aeroportos sejam divididas em espaços multissensoriais, que garantirão estímulos visuais, táteis e auditivos para facilitar o relaxamento e concentração, e em salas de acomodação, locais com baixos estímulos, destinadas para passageiros em momentos de crise. 

Ambas as categorias devem atender às demandas sensoriais e emocionais dos passageiros com neurodivergências. 

O plano do Ministério é que as seis primeiras unidades já estejam instaladas no início de 2025

Para além das salas, o programa prevê a revisão dos procedimentos de atendimento e capacitação dos funcionários dos aeroportos, de forma a treinar os profissionais a como interagir corretamente com passageiros neurodivergentes. 

As salas inclusivas fazem parte do programa Viver Sem Limites II, criado em novembro de 2023 para melhorar o acesso e os direitos para pessoas com deficiência (PCDs).

Esses espaços foram inspirados nas salas sensoriais já existentes nos aeroportos de Florianópolis (SC) e Vitória (ES), administrados pela empresa Zurich Airport. Já há quatro salas do tipo em funcionamento no Brasil e uma nova unidade já estará disponível em novembro desse ano, em Natal, capital do Rio Grande do Norte. 

A meta do Governo é que os principais aeroportos do país e os presentes nas capitais brasileiras tenham as salas sensoriais até 2026, sem acrescentar custos para União. 

De forma a manter os aeroportos como espaços inclusivos, também está planejado ações de conscientizações dos demais passageiros e profissionais sobre a área. 

* Com informações da Agência Brasil

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