Metroviários afirmam que, caso negociação não ocorra dentro de prazo, poderão interromper as ações do Metrô do Recife. Rodoviários também podem paralisar
por Cynara Maíra
Publicado em 26/07/2024, às 07h56
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) decidiu em assembleia na quinta-feira (25) aderir ao estado de greve. O Metrô do Recife continua a funcionar normalmente.
A categoria planeja manter a greve até a próxima assembleia em 22 de agosto. O objetivo é utilizar a movimentação para pressionar os políticos sobre a necessidade de retirar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND).
Após negociações com o senador Humberto Costa (PT), o parlamentar deve auxiliar os metroviários na articulação de reuniões com representantes federais sobre as demandas dos metroviários para o mês de agosto, quando acaba o recesso do Congresso Nacional.
Entre os representantes chamados para reuniões estão o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Marcus Cavalcanti, e o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho.
O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, declarou que as articulações têm sido positivas, mas que precisa perceber ações concretas. Caso nenhuma mudança ocorra em relação à CBTU no PND, Luiz afirma que planejam paralisar o Metrô do Recife por tempo indeterminado.
O grupo também deseja que a CBTU assine o Acordo Coletivo Especial (ACE), que garante aos trabalhadores do metrô que, caso a estrutura metroviária seja privatizada, os empregos deles serão mantidos.
A categoria também deseja a inserção de uma tarifa social de R$ 2 para população, de forma a ampliar o acesso ao serviço do metrô.
Segundo Luiz, caso a situação das negociações não mude, os metroviários têm o apoio dos rodoviários para reforçar a mobilização. Tal situação poderia ampliar os impasses na mobilidade da população durante o período.
Nesse momento de campanha salarial e após uma quarta reunião com as empresas de ônibus falhar, os rodoviários já ameaçam parar a Região Metropolitana do Recife.
Situação semelhante ocorreu em 2023, quando os metroviários e os rodoviários estavam em greve ao mesmo tempo. O caso gerou diversos problemas na locomoção da maioria da população.
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