Ação de combate ao furto de água identifica ligações clandestinas em Recife
Furto de água é um problema recorrente da estatal de recurso hídricos. Nova gestão tem apelado para a Polícia Civil para combater os crimes de furto
por Jamildo Melo
Publicado em 14/02/2025, às 09h14
Na manhã desta quinta-feira (13), uma operação de combate ao furto de água, articulada pela Coordenação de Segurança Patrimonial da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), com apoio das polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros e Neoenergia Pernambuco, flagrou seis pontos de ligações clandestinas em lava-jatos no bairro do Ipsep, Recife.
Além desses estabelecimentos, a operação também identificou uma arena esportiva em Boa Viagem furtando água.
O volume de água subtraído foi estimado em 263 mil litros por mês, equivalente ao consumo de 17 residências.
A operação, motivada por uma denúncia anônima, contou com a participação de cerca de 30 pessoas. No momento da abordagem, os responsáveis pelos lava-jatos e pela arena esportiva não foram localizados, mas todas as ligações irregulares foram removidas pelos técnicos da Compesa.
Na arena esportiva, um detalhe chamou a atenção das equipes: o local estava sendo irrigado por um usuário mesmo com a ligação de água cortada, utilizando uma ligação clandestina disfarçada embaixo do antigo medidor da Compesa.
Desde o ano passado, a Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa tem desenvolvido operações policiais para retirada de ligações clandestinas em todo o estado. Essas ações já resultaram em diversas melhorias na distribuição de água para a população.
Além do prejuízo financeiro para a Compesa, que poderia investir os recursos subtraídos na melhoria dos serviços, os furtos de água causam grandes transtornos e desabastecem quem precisa do recurso. A Compesa lembra que os canais de atendimento da empresa, como o 0800 081 0195, continuam abertos a denúncias.
No PODJá!, o podcast do site Jamildo.com, o presidente da Compesa, Alex Campos, revelou que espera que a concessão parcial da estatal ajude a minimizar este problema. Na avaliação dele, com empresas privadas atuando na ponta, será mais fácil combater as perdas na distribuição, a exemplo do que já ocorre hoje com a Neoenergia.
