Percentual de indecisos foi desafio para as pesquisas, diz Quaest

Indecisos até o final da corrida eleitoral acabam dificultando a previsão de resultados por parte dos institutos de pesquisa

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 28/10/2024, às 14h36

Confira o desempenho da Quaest no segundo turno das eleições municipais de 2024 - Foto: Nelson Jr. / Ascom / TSE
Confira o desempenho da Quaest no segundo turno das eleições municipais de 2024 - Foto: Nelson Jr. / Ascom / TSE

Uma das maiores e melhores empresas de pesquisa na atualidade no cenário brasileiro, a Quaest, em sua avaliação sobre o segundo turno nas capitais, destacou que o percentual de indecisos foi o principal desafio para as pesquisas.

"O amadurecimento do eleitor, que prefere avaliar o cenário por mais tempo, é um motivo importante para esse comportamento, principalmente nas cidades em que a disputa foi mais acirrada", afirma o instituto, em informe nacional.

A avaliação corrobora contextualização feita, no sábado passado, ao se divulgar os resultados da pesquisa Simplex sobre a disputada eleição em Olinda. O derradeiro levantamento da Simplex/CBN em Olinda apontava o vereador Vinicius Castello (PT) mantendo a vantagem registrada por outras pesquisas e no resultado do primeiro turno, chegando a uma distância de 10 pontos percentuais.

O site advertiu que os números não poderiam ser lidos de forma isolada. "...o que também chama a atenção é a grande quantidade de indecisos, na ordem de 13,6% dos entrevistados. O número é maior do que a diferença entre os candidatos, podendo afetar os números gerais, caso eventualmente penda para um lado ou outro", destacou o site Jamildo.com.

Segundo a empresa, no segundo turno,  assim como no primeiro turno, a apuração das urnas confirmou que as principais tendências da eleição municipal de 2024, identificadas pela Quaest, foram: a força das máquinas municipais na reeleição dos prefeitos, o crescimento da direita na reta final e a dificuldade dos candidatos de esquerda de aproveitar a aprovação do governo Lula em suas cidades.

Nesta campanha eleitoral, além dos índice de indecisos nas pesquisas espontâneas, a Quaest apontou como outro desafio o padrão de crescimento da abstenção, que ficou em 29,26%, próximo do maior índice de ausência às urnas registrado na eleição de 2020, em plena pandemia.

Neste segundo turno, a abstenção foi recorde em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

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Resultados pelo Brasil

A Quaest apontou as reeleições de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, Fuad Noman (PSD) em Belo Horizonte e Sebastião Melo (MDB), em Porto Alegre.

Em Fortaleza, na disputa mais acirrada do segundo turno, a pesquisa de véspera apontou
empate numérico e técnico que se confirmou nas urnas, com vitória de Evandro Leitão
(PT) sobre André Fernandes (PL) por menos de 1 ponto percentual.

  • Em Curitiba, a Quaest apontou vitória de Eduardo Pimentel (PSD) sobre Cristina Graeml;
  • Em Natal, de Paulinho Freire (União) sobre Natália Bonavides (PT);
  • Em Manaus, de David Almeida (Avante) sobre Capitão Alberto Neto (PL) em Manaus;
  • Em Goiânia, de Sandro Mabel (União) sobre Fred Rodrigues (PL);
  • Em João Pessoa, de Cícero Lucena (PP) sobre Marcelo Queiroga (PL);
  • Em Aracaju, de Emilia Corrêa (PL) sobre Luiz Roberto (PDT)
  • Em Porto Velho, Léo (Podemos) sobre Mariana Carvalho;
  • Em Belém, Igor Normando (MDB) sobre Eder Mauro (PL);

Em Campo Grande, Adriane Lopes (PP) acabou levando vantagem sobre Rose Modesto (União), em disputa acirrada apontada pela pesquisa de véspera.

Em Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) teve desempenho superior ao apontado na pesquisa de véspera e venceu Janad Valcari (PL).

O mesmo ocorreu em Cuiabá, onde Abílio Brunini (PL) venceu Lúdio Cabral (PT).

@blogdojamildo