Cynara Maíra | Publicado em 15/07/2025, às 11h21
O Governo de Pernambuco formalizou um acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para ampliar o combate à violência em território estadual.
O compromisso, firmado na noite de 14 de julho, envolve a implementação de planos de prevenção à criminalidade em 10 municípios que deve ser expandido para 42 cidades até o fim de 2025.
O programa será conduzido por meio do "Juntos pela Segurança", coordenado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), com assistência técnica do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O objetivo é apoiar os municípios na criação de políticas locais com base em dados e escuta da população.
Na primeira etapa, participam:
A proposta, segundo o UNODC, é promover soluções duradouras com foco na corresponsabilidade entre os entes federativos. O modelo segue diretrizes da Lei 13.675/2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e prevê o papel dos municípios na prevenção da violência.
Dados oficiais apontam a necessidade de maior planejamento em segurança dentro dos municípios de Pernambuco.
Um relatório técnico do TCE publicado em junho aponta que 91,8% dos municípios pernambucanos não têm planos municipais de segurança.
Mais da metade não conta com Guarda Municipal, e 91% não têm fundos próprios para ações na área. A ausência de sistemas de videomonitoramento, políticas preventivas ou estrutura mínima de capacitação agrava a situação.
Com base nos dados da SDS, TCE e do IBGE, o Jamildo.com preparou um material interativo que analisa a situação dos municípios pernambucanos em relação à segurança e os aspectos específicos sobre os municípios que participaram do experimento com a ONU. Veja aqui:
Enquanto a governadora Raquel Lyra (PSD) destaca a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), com queda de 14,3% nos homicídios nos cinco primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, a oposição questiona a confiabilidade desses dados e cobra ações mais estruturadas.
Em pronunciamentos recentes, lideranças oposicionistas criticaram o que chamam de "maquiagem de números", citando aumentos em feminicídios e a subnotificação de casos violentos.
Entidades como o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) também manifestaram preocupação, mencionando supostas omissões em estatísticas oficiais da SDS.
A SDS, por sua vez, defende o foco em dados objetivos e reforça que a queda nos homicídios é resultado de uma estratégia integrada, com uso de tecnologia e reforço no efetivo policial.
Pesquisa do Instituto Informa citou a centralidade da segurança pública no debate eleitoral em Pernambuco.
O tema está entre os principais pontos de insatisfação dos eleitores com a gestão estadual.
Apesar dos números positivos divulgados, muitos entrevistados apontam a área como uma das que mais precisam de atenção por parte da governadora.
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