PF prende policial e "kids pretos" acusados de planejar matar Lula, Alckmin e Moraes

Cynara Maíra | Publicado em 19/11/2024, às 08h47

Polícia Federal deflagrou nova parte de operação Contragolpe e prendeu cinco suspeitos, um policial federal e quatro kids pretos - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal atuou na operação "Contragolpe", contra a organização criminosa que tinha planos de matar o presidente Lula (PT), o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). 

O objetivo dos envolvidos era impedir a posse de Lula em 2023 e limitar a atuação do Judiciário. Dentre a organização do grupo, havia um plano intitulado "Punhal Verde e Amarelo' que planejava matar Lula e Alckmin em 15 de dezembro de 2022. 

A Polícia Federal cita que os suspeitos queriam prender e executar um ministro do Supremo Tribunal Federal que já estava sendo monitorado. Segundo o G1, esse ministro seria Alexandre de Moraes. 

Presos na operação da PF estavam trabalhando no G20

Dentre os presos na nova operação, há o policial federal Wladimir Matos Soares e quatro militares do Exército do grupo de forças especiais, chamados de "kids pretos", 

Os militares presos no Rio de Janeiro, local em que atuavam na missão de segurança dos líderes do G20, foram: 

A apuração da GloboNews define que um dos presos foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República até 2022, fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

As prisões dos suspeitos foram autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A PF chegou no policial e nos militares através de um material já deletado do celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e dos aparelhos de outros militares. 

A nota da PF sobre o tema cita que "a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em forças especiais". 

A expectativa é que a operação Contragolpe seja finalizada ainda em 2024. Já em fevereiro, a PF prendeu diversos militares do Exército e um ex-assessor da Presidência da República. Aliados de Bolsonaro (PL) também foram afetados pela ação da PF na época. 

Essa operação foi iniciada após a abertura do inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado e os diversos atos antidemocráticos após a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022. 

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