Yan Lucca | Publicado em 21/06/2024, às 08h30
Nesta quinta-feira (20), o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), negou por unanimidade a nulidade do processo solicitada pela defesa dos ex-policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo Santos, em 2022. O crime ocorreu no município de Umbaúba, Sergipe.
Com a decisão unânime dos desembargares, fica mantido que William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento devem ser levados a Júri Popular.
Os magistrados também negaram o pedido de prisão domiciliar ao réu Kleber Nascimento, solicitado pela defesa, alegando que ele está sofrendo com síndrome do pânico, ansiedade e depressão.
O pedido de nulidade solicitado pelos advogados dos acusados estava apoiado na ausência da oitava dos três peritos criminais responsáveis pelos laudos e indicados como testemunhas de acusação. A ausência da oitiva dos peritos pode ser considerada uma irregularidade processual.
O Ministério Público rebateu os argumentos e explicou que os peritos, na condição de testemunhas, foram convocados pelo órgão no prazo processual, e posteriormente dispensados pelo entendimento de que poderiam ser ouvidas quando necessário.
Genivaldo Santos, 38, morreu em 25 de maio de 2022, durante uma abordagem da polícia rodoviária em Sergipe. O motoboy foi parado por três policiais rodoviários federais por não usar o capacete enquanto dirigia a motocicleta. Genivaldo tinha transtornos mentais e estava em tratamento para esquizofrenia.
Durante a abordagem, os agentes usaram spray de pimenta e o imobilizaram, trancando-o no porta-malas da viatura com gás lacrimogêneo. Segundo o Boletim de Ocorrência da época, os policiais disseram que Genivaldo não obedecia às suas ordens e que, por isso, precisaram contê-lo.
Ainda segundo o BO, os policiais afirmaram que a vítima teve um “mal súbito” no trajeto para a delegacia. Foi levado para o Hospital José Nailson Moura, no município, onde foi a óbito por volta das 13h.
Um laudo do Instituto Médico Legal de Sergipe aponta que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
O site jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, que liderou o Blog de Jamildo no Jornal do Commercio (JC).
Descubra quem é a deputada federal cassada por usar verba pública para harmonização facial
Novo sistema de videomonitoramento da SDS pode ficar pronto somente em outubro
Irmãos Brazão se tornam réus pelo assassinato da vereadora Marielle Franco