Plantão Jamildo.com | Publicado em 03/09/2025, às 21h36
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira (3) que a eventual filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao partido depende do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma candidatura presidencial em 2026.
“O Tarcísio só vem para o PL se Bolsonaro o apoiar para a Presidência. E apoiaremos quem ele apoiar. Tarcísio tem ajudado dentro do Republicanos pela anistia. Isso não é uma condicionante para apoio a ele como candidato. Posso falar que apoiarei quem Bolsonaro apoiar, mesmo que seja o Eduardo Bolsonaro”, declarou Valdemar em entrevista à GloboNews.
Segundo o dirigente, Tarcísio atua em defesa de uma anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro. Valdemar afirmou ainda que uma proposta pode contemplar o próprio Bolsonaro, caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estamos discutindo ainda o texto da anistia. Bolsonaro era para estar sendo julgado em primeira instância. Vamos tentar incluí-lo depois. Não podemos fazer uma anistia para ele se Bolsonaro ainda não foi condenado. Temos o entendimento de que todos devem ter um segundo julgamento. Anistia é para isto”, disse.
Valdemar também negou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenha participado de articulações sobre as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em julho, o parlamentar afirmou em carta, assinada junto ao economista Paulo Figueiredo, que a medida teria sido resultado de suas tratativas com autoridades ligadas ao ex-presidente Donald Trump.
Para Valdemar, a iniciativa partiu de Trump e não tem relação com o deputado. “A embaixada americana tem mais informações sobre o Brasil do que imaginamos. Donald Trump gosta de Bolsonaro e está tomando providências. O governo Lula tem que usar o Ministério das Relações Exteriores e negociar com os Estados Unidos. O Eduardo não participou disso, ele está fora do Brasil para defender Bolsonaro. As tarifas não serão um estrago para o ano que vem”, afirmou.
Valdemar disse ainda ser contrário às tarifas e defendeu aproximação diplomática com os Estados Unidos. “Eu não concordo com o tarifaço. Acho que o governo brasileiro precisa ter uma relação próxima com os Estados Unidos”, completou.
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