Senado autoriza Raquel Lyra a contratar empréstimo de quase R$ 1,5 bilhão com o Bird

Cynara Maíra | Publicado em 05/11/2025, às 09h47

Fernando Dueire e Raquel Lyra - Reprodução Instagram
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O Plenário do Senado Federal aprovou na terça-feira (4) a autorização para gestão Raquel Lyra (PSD) contratar uma operação de crédito externo de até US$ 275 milhões (cerca de R$ 1,49 bilhão) com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

O empréstimo (PRS 47/2025) foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, em seguida, no plenário, com relatoria do senador pernambucano Fernando Dueire (MDB). 

Os recursos irão para o Programa de Sustentabilidade Fiscal, Econômica e Ambiental do Estado de Pernambuco, o PEF, e deve viabilizar obras de infraestrutura, como o Arco Metropolitano, uma das principais promessas da gestão da governadora Raquel Lyra. 

A aprovação no Senado destrava o processo na esfera federal, permitindo que o governo contrate o valor. Dueire classificou a aprovação como um "ato histórico". "Vai permitir que o estado tenha condições equilibradas para que a máquina tenha a possibilidade de novos investimentos", afirmou.

Empréstimo gerou embate na Alepe

Essa seria a última etapa do empréstimo que gerou impasses entre a oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e governistas. 

No dia 20 de outubro deste ano, Álvaro Porto (PSDB) falou sobre a operação de crédito para acusar a governadora de "falta de gestão".

Na ocasião, Porto afirmou que Raquel Lyra culpava a Alepe por atrasos em obras (como o Arco Metropolitano) ao travar um empréstimo (de R$ 1,5 bilhão, aprovado em setembro). 

O presidente da Alepe citou que o pagamento do início de obras da gestão seriam de um empréstimo anterior, não o valor recém-aprovado pelos parlamentares.

Logo após, o deputado Antonio Moraes (PP), aliado da governadora, rebateu as críticas. Ele explicou que o governo precisou usar outra fonte de recurso para iniciar as obras do Arco Metropolitano, justamente porque a Alepe demorou seis meses para aprovar o empréstimo de R$ 1,5 bilhão que era a fonte original para a obra.

 

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