Clara Nilo | Publicado em 18/07/2025, às 10h47 - Atualizado às 11h20
Após passar pelo processo de receber a tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à imprensa que o que sente é uma "suprema humilhação", fazendo referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou medidas cautelares a ele na manhã desta sexta-feira (18).
"Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem", afirmou ele após explicar que nunca foi sua intenção.
"Eu não tenho a menor dúvida que é perseguição. Que provas [o STF] tem contra mim? Não tem nada, são só suposições. Eu espero que [o caso] seja técnico e não político. No mais, nunca pensei em sair do Brasil, nunca pensei em ir pra embaixada, as medidas cautelares são em razão disso", disse o ex-presidente.
Bolsonaro explicou que não houve interesse em se aproximar de embaixadas internacionais, mas que tinha convites de embaixadores para almoços na semana seguinte - "agora não vou mais", disse.
O ex-presidente está sendo investigado em um novo inquérito e o ministro Alexandre de Moraes determinou uma série de medidas cautelares ao político.
Ações Coordenadas com Eduardo Bolsonaro:
"Há um claro alinhamento e atuação conjunta entre Jair Messias Bolsonaro e seu filho, Eduardo Nantes Bolsonaro, na prática de atos ilícitos. Eduardo Bolsonaro tem publicamente afirmado que busca a imposição de sanções dos Estados Unidos contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, alegando perseguição política.
Essas manifestações se intensificaram com o avanço da Ação Penal n. 2.668, na qual Jair Bolsonaro é réu".
Intenção Intimidatória e Obstrutiva:
"As manifestações de Eduardo Bolsonaro, repercutidas em mídias sociais e entrevistas, têm um tom intimidatório contra agentes públicos, investigadores, acusadores e julgadores na Ação Penal, com o propósito de providência imprópria contra uma provável condenação e de embaraçar o andamento do julgamento técnico e os trabalhos no Inquérito 4.781.
Nota-se também uma motivação retaliatória, alertando que autoridades e seus familiares estariam sob ameaça de medidas punitivas do governo norte-americano, como cassação de visto, bloqueio de bens e proibição de relações comerciais".
Atentado à Soberania Nacional:
"A tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado caracteriza atentado à soberania nacional. O Art. 359-I do Código Penal criminaliza a negociação com governo estrangeiro para que este pratique atos hostis contra o país".
Comemoração de Agressão Estrangeira e Instigação a Novas Medidas Hostis:
"Ambos, Jair e Eduardo Bolsonaro, comemoraram expressamente a agressão estrangeira ao Brasil, manifestando-se favoravelmente às sanções e taxações e instigando o governo norte-americano a tomar novas medidas hostis, inclusive pleiteando a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras".
Confissão de Atuação Criminosa:
"Em 17/07/2025, Jair Messias Bolsonaro, em entrevista coletiva, confessou sua atuação criminosa ao condicionar o fim da "taxação/sanção" à sua própria anistia, evidenciando a intenção permanente de coagir a justiça brasileira".
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