Plantão Jamildo.com | Publicado em 06/06/2025, às 08h12
O Governo de Pernambuco protocolou, na quinta-feira (5), novo projeto de lei na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) solicitando autorização para contratar operação de crédito no valor de R$ 1,7 bilhão. A iniciativa ocorre em um momento de impasse com o Legislativo estadual, que ainda não apreciou um pedido anterior de empréstimo, no montante de R$ 1,5 bilhão, protocolado em março deste ano.
Segundo a gestão estadual, os recursos serão captados junto a instituições financeiras nacionais e internacionais, com o objetivo de viabilizar a execução de projetos estratégicos e estruturantes já previstos no Plano Plurianual 2024–2027.
Entre as iniciativas contempladas estão os programas “PE na Estrada”, voltado à recuperação da malha rodoviária estadual, e “Águas de Pernambuco”, que prevê ações de infraestrutura hídrica com investimento estimado de R$ 6 bilhões.
“Com esses recursos vamos conseguir investir ainda mais no desenvolvimento do Estado, recuperando rodovias, levando água a locais que ainda não recebem e executando muitas outras ações. Tenho certeza de que podemos contar com o apoio do Legislativo para que tudo isso se torne realidade”, afirmou a governadora Raquel Lyra (PSD).
O novo pedido de crédito chega em um momento de tensão entre os Poderes Executivo e Legislativo. Desde março, um outro projeto de lei, que prevê um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, permanece travado na Alepe. A proposta recebeu parecer favorável da Comissão de Justiça, quando o deputado Antônio Coelho (União) sugeriu o repasse direto de R$ 750 milhões (metade do valor total solicitado) para ser distribuído entre todos os municípios de Pernambuco.
“A gestão atual já foi autorizada a contratar R$9,2 bilhões, um montante que é superior àquilo que foi contratado por 5 dos últimos 6 mandatos que antecederam a atual gestão. É evidente que a máquina pública não tem moído como deveria, em benefício do povo”, disse o deputado na Comissão.
Acompanharam o substitutivo do relator os deputados Júnior Matuto (PSB), Cayo Albino (PSB), Rodrigo Farias (PSB), Diogo Morais (PSB) e Alberto Feitosa (PL). Foram contra os parlamentares Débora Almeida (PSDB), Henrique Queiroz Filho (PP) e Joãozinho Tenório (PRD).
A nova proposta deverá ser analisada inicialmente pelas comissões de Justiça e de Finanças da Alepe, presidida pelo deputado Alberto Feitosa (PL), que várias vezes já declarou não ter pressa em pautar textos do governo, como a sabatina com Virgílio Oliveira, novo administrador de Fernando de Noronha.
O deputado cobra a governadora Raquel Lyra (PSD) pelo pagamento das emendas parlamentares atrasadas de 2024.
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